Bloodlust - S01E08 - I Know What He Is



Sarah acordou. Ela estava extremamente assustada, não se lembrava direito o que tinha acontecido. Logo percebeu que estava deitada em sua cama. Sarah começou a ficar confusa, não fazia ideia de como tinha ido parar ali, não se lembrava de ter se deitado. De repente, sentiu algo coçar na lateral esquerda de seu pescoço e percebeu que havia ali um curativo. Sarah o tirou imediatamente e, ao pegar o espelhinho que guardava na primeira gaveta da sua mesinha de cabeceira, viu através do reflexo deste que por baixo do curativo, haviam duas marcas de mordida – as mesmas encontradas no pescoço de Diane, e também nos de seus pais.

Ela rapidamente lembrou-se – mesmo que com alguns cortes na memória – da brutal mordida que John dera em seu pescoço anteriormente. "Seria ele o responsável pela morte dos meus pais?!" – ela pensou, aterrorizada. De qualquer forma, ela sabia que John era perigoso e que precisava ficar longe dele, a verdade estava bem à sua frente. Desesperada, ela decidiu pegar o telefone e ligar para um velho amigo.

– Alô. Michael? Sou eu, Sarah. Precisamos conversar, é muito importante!

Enquanto isso, Kevin avistara um braço repleto de sangue. Estava assustado com a possibilidade de ser testemunha de outra cena de crime. Ele se aproximou lentamente daquela instante cheia de livros no centro do porão, até que, ao chegar do outro lado da mesma, surpreendeu-se com o que vira.
Kevin viu um corpo cujo pescoço estava coberto de sangue. Era uma mulher, mas não era Amber. Esta estava sugando o sangue da mulher. Kevin assustou-se com aquela cena.

– Amber?! O que... o que você está fazendo?! – Ele perguntou, perplexo.

Amber assustou-se ao perceber que Kevin estava observando-a. Ela parou de beber o sangue da mulher deitada no chão, a fim de tentar acalma-lo.

– Kevin, acalme-se. Eu posso explicar tudo!

– O que é você?!

Alguns minutos depois, Sarah estava em casa preparando café para se manter acordada. Ela estava um pouco tonta, provavelmente devido a perda de sangue causada pela mordida de John. De repente, alguém bateu em sua porta, era Michael.

– Oi, Sarah. Eu vim o mais rápido que pude! – Ele exclamou.

– Que bom que você chegou. Entre!

– O que aconteceu?!

– Eu acho melhor você sentar, é uma longa história.

Sarah foi até a cozinha pegar café para os dois, enquanto Michael sentou-se no sofá. Ele não via Sarah há vários meses, lembrou-se de quando se conheceram há quase um ano.

FLASHBACK. Trumansfield, 2013.

Sarah tinha acabado de perder seus pais naquele horrível assassinato, havia cerca de duas semanas desde o ocorrido. Ela ainda estava se recuperando da perda.

Sarah estava em casa, sendo "consolada" por Kath ao telefone.

– Eu já disse que estou bem, Kath. – Sarah ressaltou.

– Olha, eu não sou a pessoa mais sensível do mundo, mas se você precisar de alguém pra te dizer coisas do tipo "Eu sinto muito" ou "Como você está?", eu estou aqui, amiga. – Kath respondeu, sendo compreensiva de seu próprio jeito.

– Agradeço pelo apoio, mas eu... – De repente, Sarah foi interrompida pelo som de alguém batendo em sua porta. – Tem alguém batendo aqui, depois eu falo com você, Kath. – Sarah acrescentou.

Logo depois, ela desligou o telefone e foi atender a porta. Era um homem alto –  aparentando ter em torno de 50 anos –, bem arrumado e que estava usando óculos de leitura. Sarah o estranhou, nunca tinha visto o sujeito antes.

– Posso ajuda-lo, senhor? – Sarah perguntou, tentando ser educada.

– Talvez. Você é Sarah Campbell, certo? – O estranho perguntou, estendendo a mão para cumprimentar Sarah.

– Sim, sou eu. – Ela respondeu, retribuindo o cumprimento.

– Muito prazer, meu nome é Michael Daniels. Eu posso entrar?

– Pode, eu acho. – Ele entrou e chegando na sala de estar, sentou-se no sofá. Sarah sentou-se ao lado para conversar com o sujeito. – Em que posso ajudar, sr. Daniels?

– Bom, primeiramente eu queria dizer que sinto muito pela perda de seus pais, deve ter sido difícil pra você ter que passar por isso.

– Ah, por favor, não me diga que você é um desses corretores de imóveis!

– Não, é claro que não! – Ele respondeu, sorrindo. – Na verdade, eu acho que posso te ajudar a encontrar o homem que matou seus pais.

– Quem é você? – Sarah perguntou, desconfiada.

– Alguém que pode te ajudar, se você permitir.

Sarah refletiu por alguns segundos, duvidando das intenções daquele homem.

– Continue. – Ela respondeu, relutantemente.

– Bom, eu soube, devido o laudo médico dos seus pais, que um deles foi morto por uma mordida fatal no pescoço, e o outro teve o pescoço quebrado. Quem quer que seja que os matou, tinha uma força sobrenatural para ter quebrado o pescoço de alguém com as mãos, e isto sem contar as mordidas. Você entende onde eu quero chegar?

– Não exatamente. Como você poderia me ajudar?

– Primeiramente, eu quero que você entenda o que o assassino era... ele era um vampiro, Sarah! – Michael exclamou, tentando abrir os olhos de Sarah.

– O que?! Do que você está falando?!

Michael ficou frustrado, sabia que Sarah reagiria assim.

– Olhe, o que matou os seus pais não tinha como ser humano, você não pode ignorar os fatos! – Ele persistiu.

– Eu quero que você saia da minha casa, senhor. Agora! – Ela exclamou, assustada.

– Eu entendo que você não queira me ver. Mas só para constar, se você quiser a minha ajuda, estes são meu número e endereço.

Michael estendeu a mão com o seu cartão. Sarah relutantemente pegou o cartão, mas pôs ele para fora de sua casa na primeira oportunidade que teve. Ela trancou a porta e logo depois, começou a pensar na possibilidade daquilo ser verdade. Era como se tudo o que ela conhecia e acreditava estivesse desmoronando à sua volta, Sarah não sabia o que pensar.

Algumas semanas depois, Sarah decidiu aceitar a proposta de Michael, ligando para ele.

– Alô. – Michael atendeu.

– Oi, aqui é Sarah Campbell. Você veio na minha casa há algumas semanas e eu te botei pra fora, lembra?

– Claro, como eu poderia esquecer?

– Eu queria saber se aquela oferta ainda está de pé.

– Com certeza.

– Podemos nos encontrar para tomar um café?

– Eu iria adorar.

DIAS ATUAIS

Kevin estava extremamente abismado com o que Amber havia lhe contado, estava com vontade de fugir de sua casa depois da cena que vira.

– Então, esta mulher que você estava sugando é uma...

– ...vampira! – Amber acrescentou.

– Corrija-me se eu estiver errado, mas não tinha que ser o contrário? – Kevin perguntou, confuso.

– Geralmente. – Ela respondeu, indiferentemente.

– E por que diabos você estava tomando sangue de... vampiro?!

– Sabe esta sua perna curada? Foi o sangue de vampiro que fez isto.

– O quê?!

– Muitos não sabem, mas vampiros existem, Kevin. Existem muitos deles por aí, e o sangue deles pode fazer milagres. Você fica mais forte, saudável e enxerga o mundo de outra forma.

– Então, você está me dizendo que sangue de vampiro é algum tipo de alucinógeno?

– Mais ou menos. Você não está surpreso que vampiros existam?

– Têm tantas coisas estranhas neste mundo, vai saber.

– Você não quer experimentar um pouco?

– Você só pode estar brincando, né?!

Amber foi até a cozinha e pegou em sua geladeira um frasco com um pouco de sangue de vampiro e, ao voltar para a sala de estar, o entregou para Kevin.

– Toma, se quiser experimentar novamente uma hora dessas. Além de te deixar saudável, melhora muito o seu desempenho sexual.

Kevin pegou o frasco, relutantemente. Não sabia se ficava assustado por todas as informações que acabara de receber, ou se ficava excitado pelo que Amber acabara de dizer. Logo depois, ele decidiu ir embora antes que algo ainda mais estranho acontecesse. Assim, Kevin despediu-se de Amber e saiu dali.

Enquanto isso, Sarah acabara de contar a Michael o que aconteceu para ela liga-lo a esta hora da noite.

– Então, você estava prestes a ir para a cama com um vampiro?

– Sim. – Sarah respondeu, timidamente.

– E como você se lembra de tudo isso? Um vampiro decente teria ao menos hipnotizado a vítima. E por que ele não te matou?

– Não sei, Michael. Acho que ele realmente gosta de mim, talvez tenha se descontrolado.

– Por favor, Sarah. Não se esqueça tudo o que eu te ensinei. Essas coisas não têm sentimentos, são apenas sanguessugas! Eles te matam e não sentem nenhuma ponta de remorso depois! – Michael ressaltou.

– Eu sei, Michael, desculpe. Foi por isso que eu te chamei aqui. Eu preciso da sua ajuda para mata-lo.

No dia seguinte, no Clark's, Kevin chegou ao trabalho ainda com seu frasco de sangue de vampiro no bolso. Não estava em seu melhor dia, e ficou ainda pior ao ver sua mãe trabalhando ali como garçonete.

– Mãe?! O que você está fazendo aqui?! – Ele perguntou, zangado.

– Eu pedi ao Dennis para trabalhar aqui como garçonete e ele me deu um voto de confiança. Então, eu vou trabalhar hoje e ele vai me dizer à noite se eu permaneço ou não. O Jim prometeu me ajudar.
Kevin deu as costas para Carrie, zangado. Ele foi até a cozinha, onde no momento estavam Dennis e Jim conversando.

– Oi, Kevin. Por acaso você tem visto o Dean? Ele me pediu para ficar no lugar dele outro dia, mas não tem vindo ao serviço ultimamente. – Jim apontou.

– Não sei, não tenho falado com o Dean. Eu queria na verdade perguntar a você, Dennis, por que diabos deixou minha mãe trabalhar como garçonete aqui!

– Qual o problema? Ela me disse que pretende voltar a morar aqui e que não encontrou nenhum outro lugar que a aceitasse. – Dennis respondeu.

– E além disso, ela foi muito gentil comigo mais cedo. Por isso prometi que a ajudaria caso ela precisasse. – Jim acrescentou.

– Nossa, obrigado mesmo, gente! Como se não bastasse o Xerife Melnick e o Alan Fort no meu pé, agora eu tenho isto com o que me preocupar. Valeu mesmo!
Kevin saiu dali, zangado.

Algumas horas, lá pela noite, Michael e Sarah estavam se preparando para o ataque a John. Já estavam com o plano todo bolado. Sarah decidiu ligar para John.

– Alô.

– Oi, John. Sou eu, Sarah.

– Sarah? – Ele pareceu surpreso, pelo tom de voz.

– Eu queria que você me encontrasse aqui em casa em 15 minutos. Pode ser? Eu deixarei a porta aberta.

– Cla... claro. – Ele respondeu, aparentemente surpreso.
Enquanto isso, Kevin estava em sua casa. De repente, alguém bateu na porta. Ele foi atender. Era Melissa.

– O que é que você está fazendo aqui? – Ele perguntou, frustrado.

– Eu é que pergunto. Por que você não trabalhou hoje? – Melissa perguntou, entrando na casa de Kevin.

– Eu ia, até que vi minha mãe trabalhando lá!

– Por que você não deixa isso pra lá, Kevin? Já se passaram tantos anos, supere.

– É por causa dessa insensibilidade que a gente não deu certo! – Ele respondeu, apontando o dedo para ela.

– Desculpe, eu não tinha a intenção de ser grosseira. Eu vim aqui para fazer as pazes com você na verdade.

– Eu estou lisonjeado, mas não obrigado!

– Ah, que isso, Kevin? Eu sei que lá no fundo, você ainda gosta de mim. – Melissa apontou, agarrando-o e roçando-se nele. Kevin sabia que ela estava certa, então, no calor do momento, resolveu deixar-se levar pela "oferta" de Melissa. Kevin retribuiu beijando-a e agarrando-a nos quadris. – Você não está afim de ir lá pra cima? – Ela perguntou, a fim de "esquentar" as coisas.

– Vá lá pra cima que eu já vou, tenho que fazer umas coisas. – Ele respondeu, dando beijos em sua boca.

– Tudo bem, mas não demore!

Melissa subiu as escadas e foi para o quarto de Kevin. Este, aproveitando a oportunidade, decidiu pegar o frasco de sangue que Amber dera para ele na noite anterior a fim de melhorar o sexo. Kevin tomou todo o frasco. Em seguida, desligou a televisão e as luzes e subiu as escadas.

Alguns minutos depois, Sarah e Michael esperavam aflitos por John. Ao ouvir o carro do mesmo chegando, eles logo prepararam-se para o ataque. Michael estava com uma arma carregada de balas de madeira em suas mãos, enquanto Sarah segurava uma estaca em cada mão, esperando para atacar.
John chegou à porta, e percebeu que Sarah deixou a porta aberta como dito antes. Ele resolveu entrar. De repente, viu de um lado, Sarah apontando uma das estacas em suas mãos para ele, e do outro lado, Michael – a quem ele não conhecia – apontando uma arma. John ficou perplexo, não sabia o que fazer.

– O que está acontecendo, Sarah? – Ele perguntou surpreso, e levemente assustado.

– Nós te pegamos, seu filho da mãe! – Ela exclamou.

Enquanto isso, Carrie estava chegando em casa. Tinha terminado seu "teste" no Clark's e estava confiante de que iria conseguir o emprego. Jim, depois de ajuda-la no trabalho, a deu carona para casa, a fim de demonstrar gentileza. Os dois chegaram em casa, Carrie abriu a porta e entrou.

– Entre, Jim.

– Obrigado. Na verdade, eu não posso ficar muito tempo, minha mãe não dorme enquanto eu não chegar em casa, então...

– Relaxe, não vou ficar te prendendo aqui. – Ela respondeu, soltando risos. – Só vou ir lá em cima ver se o Kevin está em casa e já volto.

– Tudo bem, eu vou ficar ali na sala de estar.

Carrie subiu as escadas. Ao chegar na porta de Kevin, ela bateu, mas ninguém a respondeu. Depois de alguns segundos, decidiu entrar para ver se tinha alguém ali. Porém, ficou chocada com o que viu.
Kevin estava desacordado, e Melissa estava com a garganta cortada, repleta de sangue. Carrie gritou desesperadamente.

CONTINUA...

PRODUZIDO POR UNBROKEN PRODUCTIONS ESCRITO POR RAFAEL CRUZ UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES © 2015 Bloodlust – Todos os direitos reservados.

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Por: Rafael Galvão