“São as ações que determinam o sujeito e o meio é só o influenciável, então pense antes de fazer algo que não seja totalmente confiável”.
CENA 01 – INT – RISING SUN – CASA DE DOROTHEA –
SALA - MANHÃ
Ava bebe um pouco
de água e seus amigos se encaram. Dorothea toca a cabeça dela.
Dorothea –
Sinto muito ter revelado tudo de uma vez.
Ava – [Confusa] Eu só... Não entendo. Como
isso pode ser verdade?
Dorothea –
Querida... Como eu havia dito antes, Salazar Christopher Brooks era um bruxo
muito poderoso. A linhagem Brooks é bastante antiga, vem desde a era das bruxas
em Salem. Sua família é como uma linhagem real para os bruxos, os poderes de
vocês são mais fortes quando controlados de maneira correta. Salazar queria
mais do que podia ter, ele queria comandar o mundo, então tentou criar um
feitiço de comando. Ele queria mandar em todas as bruxas, seu plano era
abominar os humanos do planeta e tornar um lugar apenas de bruxos. Ele queria
criar uma civilização única, jamais vista e imortal. Mas... O feitiço deu
errado e o conselho de magia, nos convocou, e nos mandou dar um fim ao Salazar,
antes que ele nos colocasse em perigo, já que naquela época muitas bruxas descobertas
morriam queimadas. Então... Salazar foi
esperto e quando descobriu sobre a nossa chegada, ele proclamou uma profecia.
Um feitiço profético jamais conjurado, apenas uma magia forte como a de vocês
Brooks podem fazer. Ele profetizou a sua volta, que um bruxo de sua linhagem,
um ou uma filha de dois bruxos puros iria absorver toda a magia da família e de
seus conectados e iria trazê-lo de volta.
Ava fica bastante
atenciosa. Dylan levanta e interfere.
Dylan –
Então, a explicação da Ava ser a garota que trará o Salazar de volta é que a
profecia dele se referia a um bebê filho de dois bruxos puros, iria trazê-lo de
volta?
Dorothea – Por
isso ela é a bruxa da família, pois Ashley e Michael eram bruxos. O Michael se
tornou Brooks após o casamento e como era pai da Ava, ele perdeu a magia dele
para ela. O mesmo aconteceu à Ashley, Molly, você e todos os Brooks. Você
Dylan, poderia ser o bruxo da volta do Salazar se fosse um filho de dois
bruxos.
Dylan balança a
cabeça em afirmação.
Dylan –
Entendi! Isso significa que o meu pai verdadeiro é... Um Humano!
Ava – [Amedrontada] Nasci destinada a trazer
um monstro de volta ao mundo?
Dorothea – Isso
mesmo.
Gina – Mas
de onde exatamente a princesinha aí, trará o tataravô dela?
David – Não
é do inferno é?
Dorothea –
Oh... Não! Existe uma espécie de purgatório para os seres sobrenaturais. Nossos
espíritos não vão para o mesmo lugar que os dos humanos, não antes do juízo
final.
Lindsay – E
para onde vai?
Dorothea – Todo
ser oculto vai para essa dimensão que chamamos de purgatório sobrenatural. Lá
todas as almas sobrenaturais ficam aprisionadas, quando seu corpo aqui na terra
morre.
Jack – E
existe um modo de sair de lá?
Dorothea – Com
magia negra sim.
Jack – E
porque o Salazar não sai de lá, já que ele é forte?
Dorothea –
Porque quando o aprisionamos lá, nós o enfeitiçamos para que saísse apenas com
sua própria magia e com sangue de seu sangue e de alguma forma, ele atravessou
para o outro lado bem fraco de energia. Seu poder parecia esvair de seu corpo.
Gina – Se
ele voltar, ele poderá usar seu corpo aqui na terra?
Dorothea – Sim.
Porém, apenas eu sei onde o corpo do Salazar está enterrado e não revelo para
ninguém.
Gina –
Deixa-me ver se entendi, se ele passar para esse lado, ele ficará como um
espirito vagando, já que o corpo está escondido?
Dorothea – Isso
mesmo. Mas ele não passará até a Ava tirá-lo de lá e é isso que nós devemos
impedir.
Ava – [Confiante] Não vou tirá-lo de lá.
Dorothea –
Talvez a escolha não seja sua. O Salazar não deve e nem pode estar sozinho
nessa, então você sofrerá bastante, até que ele consiga o que quer e é sair do
purgatório.
Todos se assustam
com as batidas na porta. Dorothea fecha os olhos e fica seria.
Dylan – [Preocupado] Tudo bem?
Dorothea – Não
muito. Temos visitas indesejáveis, sinto uma energia maligna e impregnada de
magia negra lá fora.
Ava – O
que faremos?
Dorothea –
Fiquem aqui, verei quem é.
As batidas
aumentam e Dorothea lentamente vai até à porta.
CENA 02 – INT – RESIDÊNCIA BROOKS – QUARTO (AVA) –
TARDE
Charlie entra ao
quarto e olha para o corredor. Ele não vê ninguém e fecha a porta.
Charlie – [Olhando em volta] Ótimo. Agora eu só
devo encontrar esse diamante.
Ele começa a
procurar pela mesa do computador, cama, caixas de sapatos, estantes, até que
ele nota uma pequena caixa dourada embaixo da cama. Ele pega a caixa e demonstra
ansiedade. Molly entra ao quarto e Charlie se assusta.
Molly – O
que faz aqui?
Charlie – Eu
só...
Molly – Está
roubando a Ava?
Charlie – Não.
Eu achei essa caixa... Lá embaixo e vim guardar para ela.
Molly –
Conheço você Charlie e não é de bondades, muito menos de fazer favores.
Charlie – Você
nunca me dá um credito, não é?
Molly – Diga
a verdade e darei.
Charlie – Ok.
Vim atrás do diamante da Ava. Com ele posso ter um pouco de poder.
Molly – O
quê? Não vai pegar o diamante dela.
Molly tenta pegar
a caixa e Charlie a segura firme.
Charlie – [Olhando-a] Não vai me impedir Molly.
Molly –
Charlie, a Ava não vai gostar e vai acabar com você.
Charlie – Com
o diamante em mãos, darei o fora daqui.
Ele pega a caixa
e coloca sobre a cama, em seguida segura a tampa da mesma e puxa. Charlie é
jogado para longe e a caixa continua fechada.
Charlie – [Com dores] Droga!
Molly – [Sorrindo] Ela selou com um feitiço de
proteção. Bem feito!
Charlie – Sua
sobrinha é uma...
Molly –... Garota
esperta. Já você é um tolo! Coloca a caixa de volta ao lugar e vamos embora.
Charlie – [Irritado] Vou colocar.
Molly sai do
quarto e Charlie espera um pouco, até que pega a caixa e a coloca no bolso de
seu casaco e vai embora.
CORTA PARA...
CENA 03 – INT – RISING SUN – CASA DE DOROTHEA –
ENTRADA – TARDE
Dorothea abre a
porta lentamente e suspira de alívio. Ela olha para os outros e diz abrindo a
porta.
Dorothea – É
sua amiga, Ava.
Ava – [Levantando-se] A Elena?
Dorothea – Sim.
Ava aparece com
os outros e Elena sorri. Seus olhos estão normais e sua aparência está divina.
Ava – Oi
Elena, acabou a aula?
Elena/Sombras – [Ríspida-Voz grave] Não sei.
Ava –
Nossa! Sua voz parece diferente.
Elena/Sombras - É o
clima. Uma hora quente e de repente fica frio, não vai me convidar para entrar?
Ava – Entra!
Elena/Sombras –
[Sorrindo] Você não é a dona, é?
Dorothea – Ah...
Pode entrar querida.
Elena/Sombras –
Obrigada!
O olhar irônico e
obscuro nos olhos de Elena começa a se revelar. Dorothea a encara.
Dorothea – Não
é a...
Elena/Sombras –
Claro que não!
Elena ergue a mão
direita e Dorothea é lançada na parede atrás dela. Ava e os outros olham
Dorothea cair.
Ava – [Surpresa] Como fez isso?
Elena/Sombras – Não
somos a sua amiga. Somos cinco bruxas e viemos do purgatório, cheias de ódios e
rancor para ajudar um grande e maravilhoso amigo a ressurgir.
Ava – Como
é que é?
Jack – A
Elena foi possuída por bruxas.
Ava – Não
pode ser.
Elena/Sombras – Pode
sim. E não vamos embora até terminarmos o que viemos fazer.
As bruxas usam o
corpo de Elena e levantam os braços e mostram os desenhos feitos na pele da
mesma.
Dorothea – [Levantando-se] Oh... Não! Foram
colocadas no corpo dela como oferenda e só podem sair, quando esses símbolos
forem desfeitos.
Elena/Sombras – Sim.
Enquanto isso, somos hospedes da sua amiga.
Dorothea – Saia
daqui!
Elena/Sombras – [Sorrindo] Não antes de brincarmos.
Elena olha para
as cortinas e as mesmas pegam fogo. Dorothea ergue as mãos em direção das chamas,
mas o fogo não apaga.
Dorothea –
Magia negra! Não é do meu equilíbrio.
Jack –
Vamos sair daqui.
Elena/Sombras – Não
vão a lugar algum.
A porta atrás de
Elena se fecha sozinha.
Elena/Sombras –
Quero jogar com vocês. O primeiro que apagar o fogo, poderá sair. Mas... Se não
apagarem, queimarei um por um.
Dorothea –
Chega!
Dorothea olha
para Elena e ela é jogada para fora da casa com porta e tudo, a anciã e os
outros correm para o lado de fora.
Dorothea – Como
saiu do outro lado? E porque quer a Ava?
Elena/Sombras – [Encarando-a] Tive ajudas de algumas
bruxas e a segunda pergunta, você sabe a resposta. Agora... Ava Brooks venha
comigo.
Ava – Não
mesmo.
Ava encara os
olhos obscuros de Elena e flutua o corpo da mesma até si.
Ava – Se
está aí Elena, eu te prometo que vou te salvar dessas criaturas malignas.
Elena/Sombras – [Irônica] Ela agradeceria se pudesse te
ouvir.
O corpo de Elena
vai lentamente até o chão. Ava se sente sufocada, seus amigos tentam se
aproximar, mas um círculo de fogo é criado aprisionando eles. Dorothea tenta
apagar o círculo com seu poder, mas é em vão.
Dorothea – [Preocupada] O que está acontecendo?
Ela olha para Ava sendo sufocada, quando as sombras
dentro de Elena começam a gritar. Um som horroroso é ouvido da boca dela, Ava
respira normal e o círculo de fogo se desfaz. Elena olha para trás e ver os
outros anciões, ela demonstra ódio e desaparece no ar rapidamente.
Dorothea – Tudo
bem, Ava?
Ava – [Aliviada] Sim. Obrigada!
Jack – Que
bom que está bem.
Jack abraça Ava
bem forte e a garota olha para Lindsay que fica sem graça. Dorothea recebe
abraços dos outros anciões.
Ian – Que
bom ver que você está bem.
Dorothea –
Obrigada por virem.
Meredith –
Sentimos imediatamente.
Clovis –
Aquela menina, não é a Médium?
Dorothea – O
corpo sim, mas os espíritos são de cinco bruxas que vieram do outro lado a
mando do Salazar.
Ian –
Então ele quer voltar mesmo?
Dorothea – Sim.
Meredith – A
maldita profecia se cumpre.
Clovis – O
que faremos em relação a isso?
Todos se olham, quando
uma pessoa se aproxima.
Pessoa
– Vamos bancar os heróis novamente e vamos combater o mal. Não é assim
que a gente fazia?
Todos olham uma
mulher não muito velha mais bastante madura, olhos claros, pele clara e cabelos
meios avermelhados. Dorothea e os outros anciões sorriem.
Dorothea –
Louise?
Louise – [Abrindo os braços] Sou eu! [Olhando para a casa] Ah... Amiga você
precisará de cortinas e janelas novas.
Elas se abraçam.
CORTA PARA...
CENA 04
– INT – RISING SUN – RESIDÊNCIA SUMMER – ENTRADA – QUASE NOITE
Christian abre a
porta e vê Charlie encarando-o. Ele não fala nada e tenta fechar a porta, mas
Charlie empurra e entra.
Christian – O
que você quer?
Charlie – Sua
ajuda com uma coisa.
Christian – Com
o quê?
Charlie –
Preciso que me ajude a abrir esta caixa. Está enfeitiçada.
Christian – Não.
Saia daqui, eu não sou seu amigo e odeio você.
Charlie – Éramos
melhores amigos.
Christian –
Disse bem, Charlie. Éramos e você me enganou. Fez-me de palhaço e idiota.
Charlie – [Debochando] Não é tão difícil.
Christian: O que
disse?
Charlie –
Nada. Só que eu quero a sua ajuda e imploro por ela. Se quiser ouvir o meu
perdão, eu imploro que me perdoe, satisfeito?
Christian –
Nunca vou te perdoar, mas se para me deixar em paz eu preciso te ajudar com
isso, eu não escolho outra opção.
Charlie – Beleza.
Conhece algum bruxo que possa quebrar esse feitiço de proteção?
Christian – O
que você quer com essa caixa, Charlie?
Charlie – Eu
posso ter alguns poderes com o que tem aqui dentro, mas foi protegido com um
feitiço.
Christian – Bom,
eu perdi meus poderes e você sabe muito bem por que. Mas... Dê-me a caixa, eu
irei sentir a energia e ver se pode ser desfeito.
Charlie – Ok.
Christian –
Antes... De quem é essa caixa?
Charlie – Da
Ava, peguei emprestada, mas irei devolver. É só abrir e deixar que eu faça o
resto.
Christian – Ok.
Só prometa-me que nunca mais vai me procurar. Ok?
Charlie – Tudo
bem.
Charlie entrega a
caixa. Christian fecha os olhos e segura à caixa bem firme, ele anda de um lado
ao outro e Charlie o segue.
Charlie – E
aí?
Christian –
Quero tempo, espere!
Christian vai até
a mesinha pequena próxima à parede e quando Charlie se aproxima, ele segura o
abajur e acerta a cabeça dele com o mesmo. Charlie cai meio tonto e Christian
sai da casa com a caixa nas mãos.
Charlie – [Tocando a cabeça] Desgraçado! Ai...
CORTA
PARA...
CENA 05 – EXT – RISING SUN – RESIDÊNCIA BROOKS –
VARANDA – NOITE
Jack fecha a porta
do carro e acompanha Ava até à varanda.
Jack – Tudo
bem? Você não falou nada desde a casa da Dorothea.
Ava – Não.
Nada está bem. Meu tataravô é um monstro que quer me usar para voltar de um
lugar que eu nunca imaginei existir. Além da minha melhor amiga está possuída
por cinco bruxas infernais, que a torturam. Não, eu não estou nada bem.
Jack – [Encarando-a] É... Eu percebi.
Ava – Desculpa.
Eu... Só estou com a cabeça cheia demais. Foram muitas informações por hoje.
Jack – Tudo
bem. Eu posso ficar com você esta noite.
Ava o encara sem
graça e ele sorri.
Jack – Só
fazer companhia e não pensei em nada com segundas intenções.
Ava – Eu
sei. Mas... Quero ficar sozinha, desculpa.
Jack – Tudo
bem! Eu entendo.
Ava – Você
é tão bom para mim.
Jack –
Serei bom cada vez mais, Ava. Eu te amo!
Ava se emociona e
Jack a segura dando-a um beijo forte e intenso. O tempo se fecha e começa a
chover. Jack puxa Ava para a chuva e os dois continuam a se beijar sob os
pingos d’água.
Ava – É
maluco, mas acho que também amo você.
Jack –
Ótimo! Vamos unir nosso amor e torna-los apenas um. Fique comigo, Ava. Quero
namorar você e não aceito uma resposta negativa.
Ava olha em volta
e diz com um sorriso indeciso.
Ava –
Posso pensar?
Jack – O
tempo que quiser.
Ela o beija
novamente.
Ava – [Sorrindo] Boa Noite, Jackson.
Jack – Boa
Noite, Ava.
Jack entra em seu
carro e acena, ele acelera dando a partida. Ava observa o carro se afastar e
entra. Molly a encara quando a garota entra.
Molly –
Parece que alguém está apaixonada.
Ava – Ai
tia, eu acho que sim.
Molly –
Então o ame querida e aceite o pedido.
Ava – Eu
disse que ia pensar para ter certeza na resposta, mas eu quero dizer sim.
Molly –
Então diga!
Ava lembra o
acontecimento à tarde e Molly percebe.
Molly –
Algum problema?
Ava –
Vários. Mas... Conto depois. Vou tomar um banho e tentar dormir. O dia foi
pesado.
Molly – Tudo
bem! Levo o jantar para você.
Ava –
Obrigada!
Ava sobe a escada
correndo e abre a porta do seu quarto com tanta força e vê alguém de costas. Um
homem com roupas claras e um brilho estranho, ela fica apreensiva.
Ava – Quem
é você e o que faz no meu quarto?
Homem –
Esperei você por horas e é assim que você me recebe? Fiquei triste por não
reconhecer seu pai, Ava.
O homem se vira e
revela ser Michael. Ava fica surpresa e um pouco sorridente.
Ava – Pai?
Michael – Oi
filha.
Michael abre os
braços esperando um abraço de Ava e a mesma fica paralisada encarando-o.
Michael – Qual
o problema, filha?
Ava – Pai!
Isso é maluco, eu não... Deveria estar vendo você.
Michael – Por
que não?
Ava – Isso
é alguma pegadinha. São aquelas bruxas tentando me enlouquecer.
Michael – Não
são as bruxas filhas. Sou eu mesmo, seu pai.
Ava – Mas
você morreu.
Michael –
Verdade. Mas... Eu vim visitar você, um fantasma não pode ver quem ama?
Ava – [Surpresa] Fantasma?
Michael – Isso
mesmo. Sou apenas um fantasma.
Ava – E
como está aparecendo para mim?
Michael – Não
sei. Eu apenas decidi vir aqui e você me viu. Também achei estranho, já que não
estava no céu ou no inferno.
Ava se aproxima e
tenta tocar o pai. Ela vê sua mão tocar o nada.
Ava –
Abriu os braços para me dá um abraço, mesmo não podendo me tocar?
Michael – Eu
queria tentar, já que você consegue me ver, achei que conseguiria me sentir.
Ava – [Emocionada] Sinto tanto a sua falta.
Michael – Eu
também.
Ava – Cadê
a mamãe, ela não pode aparecer para mim? Eu desejaria vê-la depois de tanto
tempo. Ou a Sharon disse a verdade e ela está viva?
Michael – [Encarando-a] É...
Michael fica sem
ação e Ava percebe algo errado.
Ava – Qual
o problema?
Michael –
Existe uma coisa que eu não te contei, filha. Mas... Espero que me entenda.
Ava – E o
que é?
Michael – É
sobre a sua mãe. Ela.../
Molly empurra a
porta e entra carregando uma bandeja com o jantar de Ava. Michael a encara e
Molly derruba o objeto de suas mãos.
Molly – [Surpresa] Meu Deus!
Ava – Tia?
Michael – Oi
Molly.
CORTA PARA...
CENA 06
– EXT – RISING SUN – RESIDÊNCIA LANCASTER – ENTRADA – NOITE
Lindsay para o
carro e desce com seus amigos. Gina se despede assim como David e ambos vão embora.
Dylan olha para Lindsay.
Dylan –
Valeu pela carona.
Lindsay – É o
mínimo que podia fazer, você salvou minha vida.
Dylan – Acho
que isso torna você importante para mim.
Lindsay fica sem
graça e Dylan continua encarando-a.
Dylan – Eu
nunca prestei atenção, mas você tem olhos incrivelmente belos.
Lindsay –
Obrigada! Os seus também são... Lindos.
Dylan –
Lindsay, eu posso estar sendo rápido, mas... Acho que gosto de você. É uma
garota bacana e sabe se expressar e é muito linda. Tem uma personalidade
maravilhosa. Não acho que gosto de você, tenho certeza.
Lindsay olha para
o chão sem graça.
Lindsay –
Obrigada, Dylan. Mas... Acho que não sou a garota certa para você. E eu...
Dylan toca no
rosto dela e se aproxima.
Dylan – Eu
sei que gosta do Jack. Eu vejo como se incomoda com ele e a Ava. Mas... Posso
ser melhor que ele.
Lindsay – Eu
sei que pode, mas...
Dylan – [Olhando-a nos olhos] Não sabe. Mas vou
te mostrar.
Dylan pega
Lindsay pela cintura e a beija bem forte. Ela começa a aproveitar o beijo e
entrelaça os braços ao abdômen do caçador. Em meio aos arbustos em frente à
casa de Lindsay, Louis segura uma câmera fotográfica e olha o casal se
beijando, bem baixinho ele diz para si mesmo.
Louis – Você
se ferrou Traidor. [Risos] Que
oportunidade essa, nunca imaginei que seria fácil detonar com ele.
Dylan e Lindsay
param de se beijar e ela fica alguns segundos paralisada.
Dylan – [Sorrindo] Boa Noite, minha bela
Lindsay. Durma com os anjos e sonhe com esse doce e picante beijo.
Lindsay – [Sem folego] Boa Noite...
Dylan acena e vai
embora. Lindsay toca os lábios e entra, quando bate a porta sua mãe lhe abraça
chorando.
Lindsay – Mãe?
Leonor – [Aterrorizada] Filha! Eu... Acho que
estou enlouquecendo.
Lindsay – Como
assim, mãe?
Leonor – Eu
vi...
Lindsay olha para
o início da escada e no primeiro degrau, ela ver um homem todo de preto.
Homem – [Sorrindo] Oi filha.
Lindsay – [Surpresa] Filha? Você não é o... Meu
pai!
Ela e Leonor
ficam abraçadas e ele as observa.
CORTA PARA...
CENA 07
– INT – RISING SUN – RESIDÊNCIA BROOKS – QUARTO (AVA) – NOITE
Ava entrega um
copo de água para sua tia e Molly fica encarando Michael.
Molly – Isso
é impossível, você morreu.
Ava – Já
falei, ele é um fantasma.
Molly – Mas
eu o escuto e o vejo. Apenas Médium pode conversar com mortos.
Ava – Eu
sei. Ainda não sabemos como podemos vê-lo. E também seria impossível ele está
aqui, já que bruxos vão para o purgatório sobrenatural.
Molly – O
que sabe sobre o outro lado?
Ava –
Depois explico. Agora... Pai continue falando sobre o que escondeu de mim e
morreu sem me revelar.
Michael olha para
Ava um pouco confuso.
Michael – É
sobre a Ashley.
Ava – O
que tem a mamãe?
Molly – A
Ashley foi para o inferno?
Michael – Não.
Ela não poderia ir para o inferno, nem para o céu e muito menos para o
purgatório sobrenatural.
Ava – E
onde ela está?
Michael olha nos
olhos da filha.
Michael – Sua
mãe nunca morreu Ava.
Ava – O
quê?
Michael –
Sinto muito.
Molly – Não
é verdade, a Ashley está morta.
Michael – Ela
nunca morreu. A Ashley fugiu, quando a Ava nasceu. Ela nos abandonou, filha.
Ava – Não
pode ser.
Ava chora e Molly
também. Michael as encara e continua.
Michael – Ela
sabia sobre a volta do Salazar e quando você nasceu, vimos nossa magia esvaindo
de nosso corpo e adentrando ao seu. Ela teve medo do que você viria a se tornar
e decidiu ir embora.
Molly – E
onde ela está?
Michael – Eu
nunca soube. Ela deixou um bilhete e para provar que digo a verdade. Vá até o
meu quarto, afaste a cama e toque no piso, verá uma pequena caixa escondida sob
ele. A carta está dentro. Faça o que digo e verá que eu falo a verdade.
Ava corre para o
quarto do pai e com a mente, faz a cama se arrastar até a parede sozinha. Ela
soca o chão e nada acontece, até que com calma, ela passa os dedos sobre o
piso. Uma caixa começa a aparecer do mesmo, ela segura a caixa e a mesma se
abre sozinha. Ava corre de volta ao seu quarto e puxa a tampa da caixa sobre a
cama.
Michael – Esta
é a carta, filha. Leia!
Ava rasga o papel
e ler. As lágrimas caem de seus olhos como uma cachoeira sem fim. Molly pega o
papel.
Michael –
Nunca te contei porque não queria te magoar, filha.
Ava – E
como acha que estou agora?
Michael – Eu
sinto... Muito. Mas tive que revelar, já que estou morto.
Molly – Todo
esse tempo, a Ashley se fez de morta?
Ava –
Preciso sair.
Michael –
Filha, não vá.
Ava encara o pai
e diz irritada.
Ava – Eu o
proíbo de vir atrás de mim. Os dois!
Ela corre
chorando e Molly encara o cunhado.
CORTA PARA...
CENA 08 – INT – RISING SUN – RESIDÊNCIA THOMPSON –
SALA – NOITE
Gina entrega uma
cerveja a David e ele agradece. Ela o encara e o faz uma pergunta.
Gina – Você
tem medo?
David – Medo
de quê?
Gina – Medo
que algum de nós possa morrer ou que a cidade possa ser tomada pelos caçadores?
Ou até mesmo do tal Salazar voltar do Além Sobrenatural?
David – Acho
que todos nós temos medos, Gina. O medo é algo que todo ser vivo deve sentir,
quando a sua vida depende de alguma coisa.
Gina – Tem
razão. Mas... Eu odeio sentir medo. O meu maior medo, é não ser forte o
bastante para proteger quem eu amo.
David – Acho
que é o medo que todos nós sentimos.
Gina levanta e
David olha para sua saia curta. Ela percebe e sorri.
Gina – Está
bem tarde, você quer dormir aqui?
David – Sua
mãe está em casa?
Gina – Ela
nunca está em casa. Viajou para resolver algumas coisas, sou eu e alguns empregados.
Mas se você não quiser ficar, tudo bem.
David – [Ligeiro] Eu quero.
Gina –
Podemos... Ver um filme ou...
David –...
Fazer algo que eu sei que você quer mais do que eu.
Gina – [Sorrindo] Você sabe adivinhar.
David larga a
cerveja e tira a camisa. Gina puxa a blusa e sua saia. Ela pula em David e tira
a calça dele. Os dois se beijam ardentemente. Ela o joga no sofá apenas de
cueca e vai para cima dele os dois se agarram bastante e em seguida, transam.
CORTA PARA...
CENA 09
– INT – RISING SUN – ACAMPAMENTO DOS CAÇAD. – CENTRAL – NOITE
Dylan entra e
percebe toda a sala quieta. Tommy olha pela janela a escuridão da floresta e
escuta Dylan entrar.
Dylan – Tudo
bem, senhor? Algum problema?
Tommy – [Ainda de costas] Sente-se, Dylan.
Dylan –
Aconteceu mais alguma coisa?
Dylan vai se
sentando e Tommy se vira encarando-o.
Tommy –
Sabe, quando eu tinha a sua idade, o meu pai me levava para a floresta e me
mostrava todo o tipo de armas, balas e como usa-las. Uma vez, nós saímos bem
cedo, ele me deu uma arma. Não era uma arma qualquer, era uma arma que matava
bruxas. A bala brilhava quando o sol batia nela. O cano da arma era tão fino
que era difícil ouvir o barulho do tiro.
Dylan –
Porque está me falando isso?
Tommy – Uma
vez, ele colocou uma mulher em minha frente. A pele dela era tão diferente, sua
expressão era de medo e seus olhos não tinham cor. As palavras que ela dizia eu
não entendia, então papai segurou em meus ombros e disse que aquele dia, era a
minha iniciação. Fez-me mirar para a testa da mulher e atirar contra ela. Eu
fiz, a mulher caiu morta e o sorriso que estava estampando no rosto do meu
velho, era de orgulho.
Tommy se aproxima
de Dylan.
Tommy – Eu
fui aceito e entrei para os caçadores e sabe qual é a primeira regra que nós
juramos?
Dylan – Sim.
Nunca trair...
Tommy –... Seus
companheiros, pois eles serão como sua família e vida.
Dylan –
Exatamente. Qual o problema agora?
Tommy – Você
Dylan. Você nos traiu. Traiu a mim e a todos os outros soldados. Traiu os
líderes e a civilização CDB.
Dylan – [Tenso] Senhor... Eu não...
Tommy acerta uma
tapa no rosto de Dylan.
Tommy – Não
ouse mentir para mim. Gosto de contar mentiras, não de ouvi-las.
Ele gira a tela
do computador e Dylan vê as fotos dele com Lindsay.
Dylan – [Nervoso] Eu posso...
Louis – Ora,
Dylan. Não vai mentir, vai?
Dylan – [Surpreso] Louis?
Tommy –
Graças ao Louis, um garoto determinado e fiel a nossa causa, descobrimos a sua
traição.
Dylan – Foi
sempre o que você quis, não? Conseguir me derrubar e fazer o Tommy confiar mais
em você para que um dia se torne chefe deste acampamento, não é?
Louis –
Dylan, eu não preciso. O Tommy sabe que eu desejo ser seu sucessor.
Tommy – E
será.
Louis –
Obrigado, senhor.
Dylan – [Irritado] Imbecil!
Tommy soca a mesa
e Dylan o encara.
Tommy – Você
nunca foi um caçador, Dylan. Mas eu nunca quis enxergar.
Dylan – [Gritando-Furioso] Que bom que sabe, eu
nunca matei uma bruxa porque a minha mãe era uma e minha família também é. E é
o que eu sou! Eu nunca quis fazer parte disso, vocês são monstros os quais eu
nunca quis me tornar.
Tommy demonstra
raiva.
Tommy – A
partir de hoje, Dylan Brooks. Você está expulso da civilização e companhia CDB (Caçadores de Bruxas). Suas armas e
todas suas extensões devem ser entregues na Ala de desativação.
Dylan –
Maravilha! Liberdade.
Tommy – E
por traição, você será julgado pelo conselho.
Dylan – O
quê?
Louis – [Sorrindo] Agora eu quero ver.
Dylan demonstra
nervosismo e Louis comemora.
CORTA PARA...
CENA 10 – INT – RISING SUN – LUGAR SECRETO – SALÃO
- MADRUGADA
Phoebe olha para
seus amigos que encaram Elena possuída de olhos fechados, com o rosto todo
desenhado com sangue e sobre um desenho no chão. Um círculo e dentro do mesmo
uma estrela.
Daiane – O
que ela está fazendo?
Carl – Não
sei.
Pablo – É um
feitiço e bastante poderoso.
Phoebe – Isso
é bruxaria pesada. Estou sentindo em minha pele.
Daiane – É
sinistro.
Carl –
Bastante.
Elena/Bruxas – [Séria] Calem a boca. Preciso de
concentração.
Phoebe – Pode
ao menos dizer o que está fazendo?
Elena/Bruxas – Um
feitiço de marcação. Estou marcando a Ava Brooks, para saber todos os passos
dela. Eu preciso daquela garota, mas ela está sob a proteção dos anciões.
Os quatros se
encaram.
Phoebe – E
porque ao invés de marcar a Ava, você não atinge os anciões?
Elena/Bruxas –
Porque eu precisaria de...
Phoebe – De?
Elena/Bruxas – [Abrindo os olhos] Mais poderes!
Phoebe – Que
olhar é esse?
Elena/Bruxas se
levanta e vai se aproximando dos quatros adolescentes. Eles ficam assustados.
Elena/Bruxas –
Quero um empréstimo de vocês.
Pablo – Que
merda é essa que está falando?
Elena/Bruxas
passa as mãos sobre a pele do rosto dos quatros e as mesmas se rasgam. O sangue
escorre e ela passa a língua sobre cada um dos ferimentos.
Phoebe –
Porque fez isso?
Pablo – Ela
pegou um pouco do nosso poder.
Elena/Sombras – Não
ainda. É só eu dizer... [Conjurando]
“NULLAM GRANT”.
As palavras são
ditas várias vezes, Phoebe olha para as pontas dos dedos e elas ficam
vermelhas. O mesmo acontece com os outros, Elena/Bruxas fecha os olhos e quando
os abre fala sorrindo.
Elena/Sombras –
Agora sim eu farei um feitiço capaz de atingir os anciões.
Pablo – [Esforçando-se] Sinto-me... Fraco!
Mas... Consigo pensar, como conseguiu usurpar um pouco de nossa magia se nós
não usamos magia negra?
Elena/Bruxas ri
bastante e os encara.
Elena/Bruxas –
Garoto, vocês abriram um pequeno portal de outra dimensão, é só questão de
tempo para que ambas as almas de vocês sejam tomadas pela magia negra.
Phoebe – [Preocupada] Não pode ser.
Elena/Bruxas –
Tarde demais, não? Agora, calem-se!
Ela fecha os
olhos e Phoebe encara os amigos.
CORTA PARA...
CENA 11 – INT – RISING SUN – CASA DE DOROTHEA –
SALA – MADRUGADA
Dorothea toma um
gole do seu chá e olha para Ava. A garota enxuga as lágrimas e pega um papel
das mãos de Meredith.
Meredith –
Consegue falar agora?
Ava – Acho
que sim. Obrigada!
Dorothea –
Então, qual o problema que você veio nos comunicar de urgência, querida?
Clovis – É...
Pois já são quase três horas da manhã e você deve ter algo sério para falar.
Ava – E
tenho.
Clovis – Eu
espero...
Ava olha para
Clovis e com o olhar, ela o faz se sentar usando os poderes.
Ava –
Desculpa, é que eu não consigo controlar os meus poderes como vocês.
Dorothea – Tudo
bem. Agora, diga.
Ava – [Enxugando as lágrimas] De algum jeito
os mortos estão podendo atravessar do outro lado. O meu pai apareceu para mim
esta noite, até a tia Molly conseguiu vê-lo.
Dorothea – Eu
imaginei.
Louise – É
simples, amigos. Abriram algum portal e esqueceu-se de fecha-lo. Os mortos
estão podendo atravessar e todo ser sobrenatural pode vê-los.
Ava –
Imagina quem pode ter feito isso?
Louise – Não
quem fez. Mas imagino o motivo dele ser aberto. As bruxas que possuíram sua
amiga. São mais demônios que bruxas, elas foram libertadas e o bruxo que o fez
esqueceu o portal aberto.
Dorothea – Isso
precisa acabar logo, antes que...
Dorothea coloca a
mão na garganta e começa a ficar sufocada. Meredith cai da cadeira e também se
sente sufocada. Em seguida os outros anciões também ficam sufocados. Ava se
desespera e grita bem alto por ajuda.
CORTA PARA...
CENA 12 – INT – RISING SUN – LUGAR SECRETO – SALÃO
– MADRUGADA
O lugar todo
treme e o vento é bastante forte. Phoebe e seus amigos observam Elena/Bruxas
conjurar um feitiço. Ela corta as duas palmas das mãos e deixa o sangue
escorrer, a estrela sob Elena fica vermelha. Ela pega um galho de uma planta e
o enrola com uma corda preta. Os olhos escuros ficam amostra. Phoebe treme de
medo e seus amigos a acalmam. Elena/Sombras repete várias vezes às palavras
olhando para a corda e o galho.
Elena/Sombras – [Conjurando o feitiço] “VENENATIS CORPORE MENTE QUIESCIT, GELIDA ET
ARDENS AD MORTEM”.
O vento volta a
ficar fraco e as luzes piscam. O lugar volta ao normal e Phoebe pergunta
assustada.
Phoebe –
Feito?
Elena/Sombras – Com
toda certeza. Obrigada pela magia emprestada. “REGRESSUS”!
Elena/Bruxas
tosse e cospe o sangue que bebeu em suas mãos, ela se aproxima e sopra o mesmo.
O sangue flutua e se divide em quatro, cada parte volta para o ferimento no
rosto de Phoebe e seus amigos e o ferimento se cura.
Pablo – O
que fez com os anciões?
Elena/Bruxas pega
o galho com a corda toda entrelaçada e diz sorrindo.
Elena/Bruxas – Eles
estão em sono profundo. Eu os envenenei de dentro para fora e esse galho que
estou em minhas mãos, é a chave para o feitiço. Se for quebrado, os anciões
morrem. Mas nunca será desfeito sem a minha magia. E se for desfeito eles
acordam.
Phoebe –
Incrível.
Daiane – Você
é... Invencível.
Elena/Bruxas – [Sorrindo] Com toda certeza, isso é
apenas o começo e logo virá o pior. Quando o Salazar voltar, eu parecerei uma
inútil perto do que ele é capaz.
Ela encara o
galho em suas mãos e os outros a encaram assustados.
----FIM DO EPISÓDIO----
Realização:
UNBROKEN
PRODUCTIONS
Criado
e Escrito por:
MARCOS
HENRIQUE
UNBROKEN PRODUCTIONS ORIGINAL SERIES
2015-
Story of Witches – Todos os direitos reservados!