BrookHaven - S01E10 - Ressurrection


— What?! – Ashley grita, em inglês mesmo.
— Temos que tirar a Cassandra daqui, ela não pode ficar largada à toa.
Ashley e eu levantamos Cassandra e a carregamos até uma casa completamente espatifada, pois foi o primeiro abrigo que encontramos. Posicionamos Cassandra deitada no chão e eu passo a mão nos meus cabelos, jogando-os para trás.
Olho a hora no celular de Cassandra. São onze e meia da manhã. O tempo passa extremamente rápido aqui em BrookHaven. Não sei mais o que fazer, fico desligada do mundo por uns três minutos, até me dar conta do que estava fazendo.
— Ashley, fique aqui com a Cassandra. Vou deixar o celular dela com você para o caso do Stuart ligar.
— Aonde você vai sua maluca?
— Vou seguir a trilha de sangue novamente, eu tenho que encontrar os meninos. Vejo você em breve.
Saio da casa antes que Ashley possa me contestar, e tento refazer o meu caminho para voltar à trilha de sangue. Perdida no caminho, eu encontro o que restou de um mercado, e decido entrar nele em busca de alguma arma que eu possa usar para me defender.
Entro no mercado. O cheiro ruim da comida apodrecida e os cadáveres expostos me deixa nauseada. Ando alguns metros até encontrar o corredor de utensílios. Vejo panelas, pratos e facas. Pego cinco facas – uma para mim, uma para Ashley, uma para Cassandra, e duas para Rick e Albert (se estiverem vivos). – Não sei nem se elas estão amoladas ou coisa parecida, mas devem servir para alguma coisa.
Olho para um pacote de sal. Será que realmente funciona? Lembro que assistia Supernatural com meu irmão e sempre que um espírito era o assunto do episódio, sal era usado para repelir o espírito. Pego o pacote de sal e saio do mercado.
Um pouco longe, avisto a trilha de sangue novamente. Percorro-a por aproximadamente quinze minutos até eu encontrar um abrigo contra bombas. Abro a porta e desço as escadas.
— Olá? Rick? Albert?
Ouço um disparo. Sou atingida de raspão por uma bala.
— Amanda?!
Viro à minha direita. Albert está caído no chão, de bruços e com um furo rodeado de sangue em sua camiseta. Diante de mim, não é Rick, é Robert.
— Mas que diabos aconteceu aqui?!
— Eu o matei. – Robert diz num tom frio.
— Você o quê?! – Grito.
Rick anda em nossa direção com um curativo no braço e a câmera na mão. Seu rosto está pálido e sua aparência está franzina. Provavelmente ele se cortou em algum lugar e pegou tétano.
— Temos que sair daqui. Eu e a Ashley encontramos a Cassandra.
— Ashley está viva? – Robert parece surpreso.
Nós três saímos do abrigo contra bombas e caminhamos por meia hora até chegar a casa onde eu deixei Ashley e Cassandra, mas só Cassandra está lá.
Do nada, um bando de corvos sobrevoa o local. A luz começa a se enfraquecer, o calor torna-se frio, o que era claro, agora está escuro. Entrego a faca para Rick e com o pacote de sal, desenho um círculo em volta de nós.
BUM.
Uma ventania sobrenatural derruba a porta da casa, e o chão começa a tremer levemente. A ventania arranca árvores e lança os corpos contra nós. Finalmente, o mal se mostra. Demetria está parada diante de nós, mas devido ao sal, não consegue nos tocar.
— Eu não tenho mais medo de você.
— Você não tem que temer a mim, e sim ao que eu posso fazer aqui.
Os olhos sangrentos de Demetria reviram-se. Os mortos acordaram e vêm em nossa direção. Christina sem cabeça e Peter estraçalhado. Todos os mortos estão ressuscitados, mas controlados mentalmente por Demetria.
— Ninguém sai vivo de BrookHaven. – Demetria fala com seu sorriso medonho.



PRODUZIDO POR
UNBROKEN PRODUCTIONS

ESCRITO POR
W. H. PIMENTEL

UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES

© 2015 BrookHaven – Todos os direitos reservados.

Nenhum comentário :

Postar um comentário



Por: Rafael Galvão