— What?! –
Ashley grita, em inglês mesmo.
— Temos que
tirar a Cassandra daqui, ela não pode ficar largada à toa.
Ashley e eu
levantamos Cassandra e a carregamos até uma casa completamente espatifada, pois
foi o primeiro abrigo que encontramos. Posicionamos Cassandra deitada no chão e
eu passo a mão nos meus cabelos, jogando-os para trás.
Olho a hora no
celular de Cassandra. São onze e meia da manhã. O tempo passa extremamente
rápido aqui em BrookHaven. Não sei mais o que fazer, fico desligada do mundo
por uns três minutos, até me dar conta do que estava fazendo.
— Ashley, fique
aqui com a Cassandra. Vou deixar o celular dela com você para o caso do Stuart
ligar.
— Aonde você vai
sua maluca?
— Vou seguir a
trilha de sangue novamente, eu tenho que encontrar os meninos. Vejo você em
breve.
Saio da casa
antes que Ashley possa me contestar, e tento refazer o meu caminho para voltar
à trilha de sangue. Perdida no caminho, eu encontro o que restou de um mercado,
e decido entrar nele em busca de alguma arma que eu possa usar para me
defender.
Entro no
mercado. O cheiro ruim da comida apodrecida e os cadáveres expostos me deixa
nauseada. Ando alguns metros até encontrar o corredor de utensílios. Vejo
panelas, pratos e facas. Pego cinco facas – uma para mim, uma para Ashley, uma
para Cassandra, e duas para Rick e Albert (se estiverem vivos). – Não sei nem
se elas estão amoladas ou coisa parecida, mas devem servir para alguma coisa.
Olho para um
pacote de sal. Será que realmente funciona? Lembro que assistia Supernatural
com meu irmão e sempre que um espírito era o assunto do episódio, sal era usado
para repelir o espírito. Pego o pacote de sal e saio do mercado.
Um pouco longe,
avisto a trilha de sangue novamente. Percorro-a por aproximadamente quinze
minutos até eu encontrar um abrigo contra bombas. Abro a porta e desço as
escadas.
— Olá? Rick?
Albert?
Ouço um disparo.
Sou atingida de raspão por uma bala.
— Amanda?!
Viro à minha
direita. Albert está caído no chão, de bruços e com um furo rodeado de sangue
em sua camiseta. Diante de mim, não é Rick, é Robert.
— Mas que diabos
aconteceu aqui?!
— Eu o matei. –
Robert diz num tom frio.
— Você o quê?! –
Grito.
Rick anda em
nossa direção com um curativo no braço e a câmera na mão. Seu rosto está pálido
e sua aparência está franzina. Provavelmente ele se cortou em algum lugar e
pegou tétano.
— Temos que sair
daqui. Eu e a Ashley encontramos a Cassandra.
— Ashley está
viva? – Robert parece surpreso.
Nós três saímos
do abrigo contra bombas e caminhamos por meia hora até chegar a casa onde eu
deixei Ashley e Cassandra, mas só Cassandra está lá.
Do nada, um
bando de corvos sobrevoa o local. A luz começa a se enfraquecer, o calor
torna-se frio, o que era claro, agora está escuro. Entrego a faca para Rick e
com o pacote de sal, desenho um círculo em volta de nós.
BUM.
Uma ventania
sobrenatural derruba a porta da casa, e o chão começa a tremer levemente. A
ventania arranca árvores e lança os corpos contra nós. Finalmente, o mal se
mostra. Demetria está parada diante de nós, mas devido ao sal, não consegue nos
tocar.
— Eu não tenho
mais medo de você.
— Você não tem
que temer a mim, e sim ao que eu posso fazer aqui.
Os olhos
sangrentos de Demetria reviram-se. Os mortos acordaram e vêm em nossa direção.
Christina sem cabeça e Peter estraçalhado. Todos os mortos estão ressuscitados,
mas controlados mentalmente por Demetria.
— Ninguém sai vivo de BrookHaven. – Demetria
fala com seu sorriso medonho.
PRODUZIDO POR
UNBROKEN PRODUCTIONS
ESCRITO POR
W. H. PIMENTEL
UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES
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