Bloodlust - S01E09 - Strange Discoveries



John estava cercado por Sarah e Michael. Não sabia como responder àquilo, estava extremamente surpreso.

– Não se mova, seu desgraçado! – Michael exclamou, apontando sua arma para John.

– O que está acontecendo, Sarah? – John perguntou, surpreso.

– Como você pode me perguntar isto?! Você mordeu o meu pescoço, quase me drenou e achou que eu não ia descobrir o seu segredo?! – Sarah respondeu, irritada e ainda segurando as duas estacas.

– Mas... eu... não entendo. Eu... hipnotizei você. – John afirmou.

– Você não tem nem vergonha de admitir isto?! – Michael exclamou, interrompendo os dois. John o encarou por alguns segundos, irritado, e logo depois seguiu conversando com Sarah.

– Sarah, eu não entendo. Isso nunca aconteceu antes, eu tenho certeza que te hipnotizei!

– Cale a boca, monstro! – Michael exclamou, interrompendo-os novamente.

John, com sua velocidade de vampiro, correu até Michael e antes que este pudesse realizar algum movimento, John olhou diretamente nos olhos dele, hipnotizando-o.

– Você vai calar a boca, sair daqui, entrar em seu carro, tirar um cochilo e esquecer que isto aconteceu! – John exclamou, hipnotizando-o. Michael fez o que John o comandara a fazer. Era esta uma das virtudes de ser um vampiro, o poder da hipnose.

John voltou a falar com Sarah, que continuava a apontar suas estacas para ele.

– É engraçado este homem saber o que eu sou e mesmo assim me ameaçar com uma arma em vez de uma estaca. – Ele apontou.

– Mais engraçado ainda é aquela arma conter balas de madeira. Aquele homem é mais inteligente do que você pensa!

– E qual é a sua história com ele? Como você ao menos sabia sobre vampiros?

– Cale a boca, seu monstro perverso! Você não tem o direito de me fazer perguntas a esta altura! Por que você não me matou quando teve a chance?!

– Eu não tinha a intenção de fazer aquilo, não pude me controlar.

– Bobagem!

– Você pode pensar o que quiser de mim, Sarah. Mas não tenho nenhuma intenção de ferir você. Se quiser me matar agora mesmo, a escolha é sua.

Sarah começou a tremer as mãos, sabia que não conseguiria matar John, mas não sabia o que mais fazer naquele momento.

– John, foi você quem matou meus pais?

– O quê?! – Ele perguntou, surpreso pela pergunta precipitada de Sarah.

– Eu nunca te contei, mas eles foram mortos por um vampiro. Foi você?!

John começou a ficar extremamente nervoso. Ele sabia que tinha feito aquilo, mas realmente queria continuar próximo de Sarah. Recuou por alguns segundos, mas depois de pensar cuidadosamente, decidiu responder.

– Não! É claro que não, Sarah! Eu jamais faria isto! – Ele exclamou.

Em seguida, tentou se aproximar de Sarah, a fim de encerrar aquela discussão e acalma-la.

– Afaste-se! – Sarah exclamou, nervosa.

– Sarah, está tudo bem! Eu não vou machuca-la.

John aproximou-se um pouco mais, até que, de repente, após Sarah tentar afasta-lo mais uma vez, alguma coisa o empurrou para o outro lado da sala. Foi como se algo invisível o tivesse empurrado numa força descomunal. Sarah e John ficaram extremamente surpresos, não perceberam o que foi, até que Sarah, alguns segundos depois, percebeu. Foi ela mesma. Ela ficou chocada, nunca tinha feito algo assim antes, era como se tivesse algum tipo de telecinese, ficou tão surpresa quanto John ao perceber tal fato.

– O que diabos foi isto, Sarah?! – John exclamou, sem reação.

Ela ficou ainda mais apavorada, queria ao máximo encerrar aquela noite, então, numa decisão precipitada, decidiu libertar John.

– Saia daqui, agora! Eu retiro o seu convite para entrar nesta casa! – Ela exclamou.

John rapidamente pôs-se para fora da casa. Sarah aprendera com Michael quase tudo sobre vampiros. Os mesmos – segundo ele –, só podiam entrar na casa de alguém quando convidados, e ao serem desconvidados, eram obrigados a retirar-se imediatamente. Sarah viu isto como a única maneira de dar um fim – mesmo que temporário – naquilo tudo. Depois do que acabara de acontecer, ela não sabia mais o que fazer.

Enquanto isso, Carrie desesperadamente correu até a cama em que estavam, naquele momento, Kevin e Melissa. Carrie tentou encontrar pulsação no pescoço de Kevin, e ficou aliviada por este estar vivo. O mesmo não aconteceu com Melissa, que estava, aparentemente, com a garganta cortada e obviamente, morta.

– Carrie, o que aconteceu?! – Jim perguntou, assustado pelos gritos de Carrie. Ele, assim que entrou no quarto, viu a cena. – Oh, meu Deus! – Ele exclamou.

– Jim, ligue para a polícia, agora! – Carrie exclamou, chorando desesperadamente. – Kevin, querido. Acorde, por favor! – Ela disse, a fim de tentar acordar o filho, que parecia estar totalmente inconsciente. De repente, Kevin acordou-se, assustado.

– O que... o que aconteceu? – Ele perguntou, sem compreender o que estava acontecendo. No momento em que acordou-se, Kevin logo viu o sangue que cobria as cobertas e assim, viu Melissa morta ao seu lado, ele ficou pasmo.

– Kevin, acalme-se, vai ficar tudo bem! – Carrie exclamou, pondo suas mãos no rosto de Kevin e tentando acalma-lo.

– Eu acabei de ligar, os policiais já estão vindo! – Jim afirmou.

– O quê?! Eu acordei ao lado do corpo da Melissa, os tiras vão me prender, cara! – Kevin ressaltou, aterrorizado.

– Vai ficar tudo bem, querido. Nós vamos explicar o que aconteceu e vai dar tudo certo! – Carrie afirmou.

Alguns minutos depois, John havia chegado em casa. Estava muito exausto depois desta confusa noite, só queria descansar um pouco. De repente, ele sentiu que havia mais alguém na casa, John estranhou.

– Quem está aí?! Você está roubando a casa errada, amigo! – Ele exclamou, pensando ser um ladrão.
Tudo estava extremamente quieto e suspeito, até que, de repente, alguém – usando luvas pretas – rapidamente enrolou uma corda no pescoço de John e o arrastou para o porão. Ele tentava gritar, mas estava enfraquecido, até que, em poucos segundos, desmaiou.

Enquanto isso, Kath estava em casa assistindo televisão. Ela acabara de tomar um relaxante banho quente depois de um longo dia de trabalho no Clark's. Estranhou a ausência de sua avó, Marnie, em casa, a princípio, mas resolveu relaxar um pouco devido o cansaço que o emprego como bartender lhe causara. De repente, alguém bateu na porta, Kath foi atendê-la. Era um homem, caucasiano, extremamente pálido e com roupas bem casuais.

– Posso ajuda-lo? – Kath perguntou, rudemente.

– Sim, na verdade. O meu carro quebrou aqui perto e eu queria saber se posso usar o seu telefone. – O estranho respondeu.

– Por acaso você não tem um celular?

– Sim, mas a bateria acabou.

– Por que você tinha que vir justo aqui, cara? A cidade é pequena, não dava pra você andar até um posto de gasolina ou algo assim?!

– Olha, senhora. Eu estou caminhando há um tempo e quero muito usar o telefone, será que você poderia... me convidar pra entrar?

– Tudo bem, tanto faz. Entre! – Ela respondeu, indiferentemente. Em seguida, entrou em casa para pegar o telefone. – Então, você mora aqui perto ou está de visita na cidade? – Kath perguntou.
Ao virar-se para o estranho novamente, ele correu com uma velocidade sobre humana até Kath, atacando-a e sugando seu sangue. Ela gritou.

Cerca de uma hora depois, John despertou. Estava amarrado numa cadeira. Assim que percebeu que estava preso, tentou libertar-se, mas pareceu ficar ainda mais fraco do que já estava antes.

– Nem se esforce para tentar sair, estas cordas estão ensopadas com sangue de um homem morto. Você sabe que isto é um veneno para nós. – Uma voz afirmou, era um homem.

– Nós? – John perguntou, curioso. De repente, o tal homem saiu do canto escuro em que estava no porão e mostrou seu rosto. Ele era familiar, John o conhecia de algum lugar. – Jimmy?

– Olá, velho amigo. – Ele respondeu, sorrindo.

FLASHBACK. Trumansfield, 1786.

Numa certa noite, ocorria um evento beneficente na mansão de Sor Harper Silverstone com o intuito de arrecadar fundos para o futuro dos recém casados, John Silverstone e Sophie McCalister. Centenas de pessoas estavam presentes, sendo estas na maioria da alta sociedade. Sophie e John estavam cumprimentando alguns dos anfitriões.

– Olá, querido. John, eu queria que você conhecesse Jimmy Nolan, um amigo meu. Ele é um dos mais talentosos músicos que você vai conhecer na sua vida. – Sophie afirmou, aproximando John de Jimmy. Os dois cumprimentaram-se.

DIAS ATUAIS.

– Por que você está aqui depois de tanto tempo?! Eu pensei que estivesse morto! – John exclamou.

– Bom, você se lembra da guerra que ocorreu em Trumansfield na época em que nos conhecemos?

– É claro que eu lembro, quase morri lá!

– Muitos vampiros morreram naquela noite. Felizmente, eu e mais alguns sobrevivemos.

– Mas, como?! – John perguntou, ainda surpreso por Jimmy estar vivo.

– Bom, pra começar, você se lembra do por quê aquela guerra foi iniciada?

– Nunca me perguntei o por que. Pelo que eu soube, os habitantes humanos da cidade eventualmente acabaram descobrindo a existência dos vampiros e se revoltaram contra eles.

– Na verdade, teve um motivo real por trás disso tudo. Você se lembra de sua amante negra, a serviçal?

John ficou um pouco enraivecido pelo comentário de Jimmy, mas relevou.

– O que tem a Lena?! – Ele perguntou, irritado.

– Você sabia que ela era uma bruxa?

– Eu nem sabia que elas existiam, sempre foram um mito para mim. – John respondeu, surpreso pelo que Jimmy acabara de revelar.

– Vivemos num mundo caótico, John. Existe tudo o que você pode imaginar aqui. – Jimmy afirmou. – Lena tinha uma irmã chamada Laura, dizem que era uma poderosíssima bruxa. Lena, por outro lado, nunca tinha envolvido-se com magia ou qualquer coisa do tipo. Depois que sua amante foi morta por Sophie, Laura ficou devastada, e ouvi dizer que foi ela quem alertou os moradores da cidade sobre a existência dos vampiros, dando assim, início à guerra. – Ele acrescentou.

– Por que você está me contando tudo isso, Jimmy?!

– Por que tem uma parte dessa história pela qual você vai se interessar, John. Laura sabia que a quantidade de vampiros em Trumansfield era consideravelmente grande, então ela não se contentou apenas em causar uma rivalidade entre os humanos e os vampiros. Foi aí então que ela bolou um plano. Laura fez um feitiço que imobilizou todos os vampiros da cidade num raio de 5 km, e assim que estes foram sendo capturados pelos caçadores que estavam promovendo a guerra, ela trancou todos em caixões e colocou feitiços neles para que ficassem presos. Os que escaparam, inclusive eu, não foram vistos durante o feitiço de imobilização.

– Mas eu pensei que... todos eles tivessem sido queimados pelos caçadores. – John argumentou, surpreso.

– Foi o que ela fez com que eles pensassem. Laura foi quem causou todo aquele tumulto, então eles não tinham dúvida alguma de que ela mataria todos os vampiros capturados.

– Quer dizer então que... eles estão vivos?!

– Sim, e tem mais. O feitiço que Laura colocou nos caixões não é definitivo. Foi o talismã dela, sua pulseira, que selou o feitiço, e só ela pode desfazê-lo.

– Por que você quer liberta-los?

– Não preciso explicar meus motivos pra você, John. Saiba apenas que eu quero a pulseira, e foi por isto que eu vim até aqui pedir a sua ajuda.

– Então você perdeu o seu tempo, pois eu não sei onde está e não tenho nenhuma intenção de libertar aqueles vampiros! – John exclamou.

– Você voltou à cidade há o que, duas semanas? Como você pode não ter nem encontrado vestígios da pulseira?!

– Pois ela não é o motivo de eu ter vindo aqui!

– E qual é, John? Aquela humana? – Jimmy perguntou. John ficou surpreso e ao mesmo tempo assustado ao descobrir que ele sabia sobre Sarah. – Eu estou aqui há alguns dias, e tenho visto você com ela. Vocês dois são muito próximos, não? – Ele perguntou, ironicamente.

– Não ouse chegar perto dela! – John exclamou, zangado.

– Ninguém precisa se machucar, desde que eu consiga o que quero. Você vai me ajudar a encontrar a pulseira, John, ou Deus me ajude, eu vou matar aquela garota! – Jimmy exclamou. – Agora, eu vou sair daqui antes que o sol nasça novamente, e é melhor você me ajudar!

Em seguida, Jimmy retirou as cordas de John – com suas luvas, para que não se machucasse – e, com sua velocidade vampírica, rapidamente saiu da casa para que não fosse seguido por ele.
Enquanto isso, Nicholas, o filho do reverendo Steven, da Southman's Catholic Church, estava retornando para casa depois de ter passado o dia tomando conta da igreja de seu pai enquanto o mesmo estava fora.

Nicholas abriu a porta, e estranhou que todas as luzes estivessem apagadas, visto que seu pai deixava pelo menos uma acesa até mesmo quando saia. Ao acender as luzes da sala de estar, Nicholas chocou-se com o que viu. Seu pai, madrasta e irmão mais novo mortos, com marcas de mordidas em seus pescoços.

CONTINUA...

PRODUZIDO POR UNBROKEN PRODUCTIONS ESCRITO POR RAFAEL CRUZ UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES © 2015 Bloodlust – Todos os direitos reservados.

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Por: Rafael Galvão