Bloodlust - S01E14 - Truman's Day



No dia seguinte, todos estavam se preparando para o grande evento que ocorreria à noite no Truman's Central Park, o Truman's Day, aniversário de 403 anos da cidade. Dennis, Jim, Carrie e Kevin – este a fim de esquecer o ocorrido noite passada – estavam ajudando na decoração do parque, grande parte já estava decorada com os mais diversos enfeites.

Alguns moradores tinham acabado de ir ao funeral do Gregory, Alan ficou devastado ao confirmarem suas suspeitas sobre a morte do xerife. No momento, ele estava também, junto de Nicholas, ajudando na organização do evento e esperando ficar de olho caso Martha ou alguém de sua "gangue" comparecesse na festa.

Sarah tinha passado a noite no hospital esperando por notícias de Kath e Marnie. Após descobrir que o estado de ambas permanecera o mesmo, ela resolveu ir à organização do evento no parque também. A maioria dos cidadãos ficaram lá.

Já à noite, a festa teve início. O prefeito da cidade, Larry Daniels, um homem já na terceira idade, deu início ao evento com algumas palavras.

– Hoje a nossa cidade está completando 403 anos de vida. Devemos isto especialmente a seus fundadores, George Truman, Jasmine Matthews... – Larry continuou a citar diversos nomes. – Infelizmente, Trumansfield parece estar passando por uma fase difícil. Tivemos 8 assassinatos só esta semana, incluindo a do nosso principal reverendo, e também é claro o nosso querido xerife Melnick, que infelizmente faleceu ontem à noite. Eu peço que vocês se juntem a mim em um minuto de silêncio para honrar estes que partiram. – Todos os cidadãos presentes abaixaram a cabeça por um minuto, como o prefeito pedira. Em seguida, ele prosseguiu com um importante anúncio. – Agora, sem mais delongas, eu anuncio o novo xerife da cidade, Alan Fort!

Todos aplaudiram. Alan ficou surpreso e um pouco emocionado também. Permaneceu parado por alguns instantes devido a timidez, mas após um incentivo de seu mais novo amigo Nicholas, foi até o palco receber os cumprimentos do prefeito. Os dois tiraram uma foto juntos e logo depois, Larry entregou a Alan o distintivo de xerife. Todos celebraram.

Enquanto isso, ainda no evento, Sarah, procurando por John há alguns minutos, finalmente o encontrou.

– Oi, John, finalmente!

– Você está bonita esta noite. – Ele elogiou, sorrindo.

– Por favor, agora não. Temos mais com o que nos preocupar. – Ela respondeu, com desdém. – Você viu algum vampiro conhecido aqui até agora?

– Até agora não. Eles provavelmente estão no cemitério, deveríamos ir até lá agora.

– Não deveríamos pedir algum reforço antes? Se chegarmos sozinhos, eles vão nos matar em menos de dois segundos.

– Chame o seu amigo, Michael. É o único em quem eu consigo pensar no momento.

– O Michael não mora aqui, é uma longa história... Você não tem nenhum amigo?!

– Sou solitário, me processe. – John respondeu, ironicamente. – Nós precisamos ir, Sarah.

– Tudo bem, vamos. – Ela respondeu, depois de certa relutância.

Alan já tinha decido do palco. Foi conversar com Nicholas.

– Bom, acontece que isto não foi tão vergonhoso quanto pensei que seria. – Alan afirmou, rindo.

– Por favor, não se assuste, mas eu trouxe algo comigo para a festa. – Nicholas disse seriamente.

– Tudo bem... o que é?

– Venha comigo, está no meu carro.

Ao chegarem no estacionamento, mais especificamente no carro de Nicholas, este abriu o porta malas e mostrou ao mais novo xerife o que trouxe consigo.

– O que diabos é isso?!

– São estacas de madeira, Alan. Ontem, quando ficamos observando aquela luta maluca entre aquela loira que capturamos e os outros, um deles enfiou uma estaca de madeira no peito de outro, e aquele transformou-se numa gosma sangrenta no mesmo instante. Talvez seja a fraqueza deles!

– Então, você está dizendo que eles são vampiros? Você está alucinando?!

– Sinceramente, você ainda duvida depois de tudo o que vimos? – Nicholas pegou uma das estacas e entregou a Alan. – Guarde uma, por favor, só por precaução.

– Tudo bem! – Alan respondeu, frustrado.

Em seguida, Nicholas pegou outras três para esconder consigo, fechou o porta malas e os dois voltaram para a festa.

Ainda na festa, Amber, agora vestida decentemente e arrumada, encontrou Kevin.

– Oh, meu Deus. Amber, você está bem?! Onde você esteve?! Eu estava morrendo de preocupação!

– Não importa, eu estou bem agora. Você se importa se nós conversarmos num lugar mais privado?

– Claro que não, vamos.

Os dois saíram dali e caminharam até a floresta ali perto que separava o Grosmann Cemetery do Truman's Central Park.

Enquanto isso, Dean, Luther e alguns outros vampiros estavam no Grosmann Cemetery preparando-se para iniciar a quebra do feitiço.

– Filho da mãe, o que você espera que eu faça? Tudo que eu vejo são milhões de lápides! – Dean perguntou, frustrado e nervoso por estar sendo forçado a realizar o ritual.

– Eu não sei, drag, você é que é o bruxo. Você não deveria saber de tudo? – Luther perguntou.

– Você está de brincadeira, certo?!

– Olha, o Jimmy me pediu para ficar aqui com você e esperar que você faça exatamente o que ele ordenou. O que foi que ele te disse antes de virmos?

– Ele disse que eu tinha que... absorver a porra do poder das bruxas enterradas nesse cemitério, mas como diabos eu vou fazer isto?!

– Apenas concentre-se, vá que algo aconteça...

Dean resolveu seguir o conselho de Luther e assim, fechou os olhos e começou a erguer as mãos. Nada aconteceu no momento, mas depois de alguns instantes, ele começou a sentir uma dor imensurável em seu corpo. As almas de várias bruxas começaram a adentrar o corpo de Dean, ele gritou incessantemente.

– O que está acontecendo com ele? – Martha perguntou, confusa.

– Eu não sei, mas acho que ele está conseguindo! – Luther respondeu.

De repente, Dean parou de gritar e simplesmente caiu no chão, inconsciente. Luther se desesperou, não poderia deixar o bruxo morrer sendo este a única esperança de que o ritual fosse realizado. O vampiro então liberou suas presas e mordeu seu braço, dando em seguida, seu sangue a Dean na tentativa de cura-lo.

O mesmo não demonstrou nenhuma reação, até que depois de alguns segundos, despertou, aparentemente assustado e dolorido.

– O que foi que acabou de acontecer?! – Dean perguntou, confuso.

– Graças a Deus você voltou, levante. – Luther arrastou Dean pela gola de sua camisa e ordenou que ele se levantasse. – Vamos, você já está pronto. Agora comece a droga do ritual!

Kevin e Amber estavam na floresta caminhando, ela o parou em frente a uma árvore para conversar. Kevin beijou-a, mas ela o parou.

– O que... o que você está fazendo, Kevin?

– Não foi para isso que você me trouxe até aqui, para dar uns amassos?

– É claro que não, eu queria conversar com você!

– Ah, tudo bem. Desculpe.

– Por que é que você estava prestes a me enterrar ontem à noite?

– Bom, eu... eu sou praticamente um suspeito de homicídios em massa, alguém te matou enquanto estávamos drogados e se eu fosse encontrado com outra garota morta na minha cama, eu provavelmente iria para a cadeia! Eu espero que você entenda o meu lado. – Ele respondeu, nervoso.

– Eu não vou dizer que o nosso breve envolvimento não foi bom, mas, francamente, eu mal te conheço. Até onde eu sei, toda aquela história sobre suspeito de homicídios que você me contou pode não ser verdade.

– Você está dizendo que não confia em mim?

– Eu não confio em ninguém.

– Então, o que você quer de mim?

– Eu quero a verdade.

– Mas eu estou dizendo...

– Ora, ora, ora. Então este é o garoto que te matou? – Perguntou Jimmy, interrompendo-os e aparecendo subitamente.

– Eu não matei ninguém. Quem é você?

– Meu nome é Jimmy, prazer. – Ele respondeu, curvando-se para Kevin como forma de ironia.

– Eu sou...

– Não me interessa saber quem é você, já que não nos veremos novamente.

De repente, Jimmy pegou Kevin pelo pescoço e pôs suas presas para fora, pronto para drená-lo. Amber o afastou.

– Pare, Jimmy! Você não vai mata-lo!

– Você tem razão, Amber. Ele te matou, você é quem deve retribuir.

– Você perdeu o juízo? Eu não vou mata-lo!

– Amber, você sabia que vampiros podem compelir suas crias a fazerem o que eles mandarem? Se você não mata-lo, eu posso simplesmente ordenar que você o faça, embora eu prefira que você fizesse por conta própria.

– Mate-o agora, Amber.

Amber relutou a princípio, mas acabou mordendo o pescoço de Kevin. Ela começou a drena-lo rapidamente, ele mal conseguia gritar devido a mão dela estar tapando sua boca naquele instante.
Ainda na floresta, perto de onde estavam Jimmy, Amber e Kevin, John e Sarah estavam caminhando, esperando chegar logo até o cemitério. De repente, John, devido sua audição aguçada, ouviu alguém gemendo. Ele logo pegou no braço de Sarah e correu até o lugar de onde vinham os gritos. Ao chegar ali, viu Amber tentando drenar Kevin.

– Oh, meu Deus, Kevin! John, faça algo, por favor! – Sarah pediu, desesperada.

John pegou a estaca que guardava num dos bolsos internos de sua jaqueta e correu até Amber, enfiando a estaca nas costas da vampira, atravessando o peito. Ela rapidamente desintegrou-se e uma poça de sangue gosmento caiu no chão. Kevin ficou todo sujo de sangue, estava desesperado e fraco devido o sangue que fora sugado de seu sistema.

– Seu desgraçado! – Jimmy exclamou, irritado.

Jimmy correu até John e estes começaram a trocar inúmeros socos e chutes. Sarah desesperou-se ao pensar na possibilidade de John morrer naquele momento, então pegou a estaca dele que caíra no chão há alguns segundos e enfiou-a nas costas de Jimmy. Ele caiu no chão, porém, ela não chegou a acerta-lo no coração e então este apenas retirou a estaca.

John aproveitou a vulnerabilidade momentânea de Jimmy e tentou matá-lo, pegando a estaca e apontando-a para seu coração. Porém, o vampiro acabou enfiando-a na barriga de John e fugindo. Sarah desesperou-se.

– John!

– Eu... eu estou bem. – John respondeu, retirando a estaca. – Ele não acertou o coração, está tudo bem.

– Aqui, tome o meu sangue! – Ela ordenou, estendendo o braço para ele.

– Tem certeza?

– É só sangue, tome.

John fez o que Sarah pedira. Ele expôs suas presas e cravou-as no braço de Sarah, tomando um pouco de seu sangue para curar mais rapidamente o ferimento que Jimmy lhe causara. Em seguida, ele fincou seu dedo em uma de suas presas e sangrou no braço dela para que curasse a marca de mordida.

– Vamos, nós temos que impedir que eles realizem o ritual.

Os dois levantaram-se e, junto de Kevin, correram até o cemitério.

Enquanto isso, Dean já estava realizando o ritual. Murmurara há alguns minutos várias palavras desconhecidas de um pedaço de papel que Jimmy o entregara mais cedo para concretizar a quebra do feitiço.

De repente, o solo começou a tremer e o gramado do cemitério começou a ser perfurado por todos os lados. Os vampiros estavam despertando e saindo de seus caixões. Luther, Martha e os outros vampiros se impressionaram, o ritual realmente estava funcionando.

Jimmy chegou ao cemitério durante o ritual, e ficou extasiado ao ver aquilo.

– Quer dizer que está mesmo funcionando?! – Jimmy perguntou, positivamente espantado.

– Sim, está! – Luther respondeu.

Depois de um minuto, todos os vampiros já estavam acima do solo, sujos de terra. Logo, colocaram suas presas para fora e, ao sentirem o cheiro de sangue que vinha diretamente de Dean, tentaram ataca-lo. Dean – tendo absorvido a alma de uma centena de bruxas mortas há alguns minutos – lançou um feitiço em todos e os afastou rapidamente.

Ao mesmo tempo, Sarah e John se aproximava do Grosmann Cemetery, até que John teve um mal pressentimento.

– Sarah, tem algo errado.

– O que foi?

– O ritual já foi realizado, os vampiros estão libertos, eu posso senti-los. Corram, corram!

John pegou Sarah e Kevin e correu com eles até o Truman's Central Park a fim de esconder o rastro dos vampiros.

Os vampiros, entretanto, sentiram de longe o cheiro de sangue vindo da floresta e todos correram até lá.

Enquanto isso, no hospital, Kath despertou. Ela logo percebeu que estava num quarto de hospital e decidiu sair imediatamente dali para procurar por Marnie. Uma enfermeira passando a viu e a parou.

– Desculpe, srta. Katherine, mas não podemos libera-la ainda, você precisa voltar para a cama.

– Eu estou me sentindo bem, sério. Em que quarto está a minha avó?

– Ela está no quarto ao lado, você pode vê-la por alguns minutos se quiser. Mas depois preciso que você me prometa que voltará para a cama.

– Tudo bem, tanto faz.

A enfermeira foi atender outro paciente. Kath saiu de seu quarto e foi até o quarto ao lado onde estava Marnie, ainda desacordada, mas com sinais vitais estáveis. Ela trancou a porta e fechou as cortinas persianas do quarto e aproximou-se da cama de Marnie.

– Marnie, você foi uma ótima cobaia, e por isto eu te agradeço. Mas eu temo que agora você não me é mais útil, então, sinto muito pelo que eu estou prestes a fazer.

Kath pegou um travesseiro da outra cama, no momento vazia, do quarto e pressionou-o no rosto de Marnie, sufocando-a até a morte.

Em seguida, ela voltou a seu quarto e pegou suas roupas na cadeira ao lado de sua cama e saiu discretamente do hospital.

Alguns minutos depois, John e Sarah chegaram ao parque, onde no momento, o vereador Mason Stonehouse estava dando um discurso sobre a cidade. Eles resolveram interrompê-lo para alertar os moradores. Sarah subiu no palco e tirou o microfone das mãos do vereador.

– Desculpe por interromper, vereador Stonehouse, mas eu tenho algo para dizer. Escutem com muita atenção, todo mundo precisa sair daqui agora! – Ela exclamou, assustada.

– Garota, me devolva o microfone, por favor. Isto é algo sério. – Mason ordenou, estendendo a mão para pegar de volta o microfone.

– Vocês não estão entendendo, isto é muito grave e... – De repente, um dos seguranças presentes tirou o microfone de Sarah, devolvendo-o a Mason e tirou-a do palco, pedindo que se afastasse em seguida. Ela voltou para perto de John, com medo do que estava por vir. – O que faremos agora, John?!

– Não sei, mas... – John foi interrompido pelo som dos pés dos vampiros famintos que vinham em direção ao Truman's Central Park há apenas alguns metros de distância. Eles já estavam à vista, John entrou em pânico. – Sarah, precisamos sair daqui... agora.

CONTINUA...

PRODUZIDO POR
UNBROKEN PRODUCTIONS

ESCRITO POR
RAFAEL CRUZ

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Por: Rafael Galvão