Bloodlust - S01E07 - Life Matters [MID-SEASON FINALE]


Kevin acordou. Estava confuso, sua visão ainda estava um pouco embaçada. Ele percebeu que estava deitado e tapado, e dada a sensação do couro em sua pele, Kevin deduziu que estava num sofá. Ficou ainda mais confuso ao ouvir nada mais que o som de um tipo muito ruim de musica hippie tocando, queria parar aquele som imediatamente. De repente, Kevin viu alguém chegando à sua frente, era uma mulher. Ela era incrivelmente bonita. Estava usando uma bandana vermelha na cabeça, assim como várias pulseiras e aneis. Tinha tatuagens também, Kevin encantou-se com tamanha beleza.

– Ah, que bom! Você acordou.

– Onde... onde eu estou? – Kevin perguntou, confuso.

– Você está na minha casa, você sofreu um acidente com sua caminhonete aqui perto e ao ouvir o barulho, eu fui lá checar e te encontrei.

– Obrigado, acho que eu acabei bebendo demais.

– Eu percebi. – Ela respondeu, sorrindo. – Qual o seu nome?

– Kevin.

– Prazer, Kevin. Meu nome é Amber.

Enquanto isso, Carrie estava juntando as sujeiras deixadas pelas pessoas que vieram prestar suas condolências na antiga casa de Darlene, mais cedo. Melissa estava ajudando-a.

– Eu agradeço por você me ajudar, Melissa. Sei que a última coisa que você queria era ficar limpando a bagunça dessas pessoas comigo. – Carrie ressaltou.

– Eu fico feliz em ajudar. Não é todos os dias que conhecemos uma sogra tão gentil e bonita.

– Desculpe, você é namorada do Kevin?

– Bom, estamos passando por uma fase difícil no momento, mas sim, eu sou. Por que ele odeia tanto você?

– Ele disse que me odeia?

– Não é como se conversássemos sobre estas coisas, mas eu ouvi ele gritando com você assim que chegou.

– É, complicado. Eu nem deveria dizer essas coisas, mas não planejei ter o Kevin tão cedo. Eu era jovem, não pensava direito, e resolvi passar uma noite com um motoqueiro de bar. Depois que as coisas aconteceram, ele me deixou e algumas semanas depois eu descobri a gravidez. Eu... entrei em pânico. Logo depois que eu tive o Kevin, eu fugi e minha mãe ficou com ele. – Carrie respondeu, tentando não se emocionar. Este era um assunto muito delicado pra ela.

– Nossa, eu sinto muito. Eu tenho certeza que vocês vão se acertar, o Kevin não tem mais nenhum familiar na cidade, pode ser que ele resolva te perdoar. Quem sabe?

– Obrigada, querida. Você é um amor. – Carrie respondeu, abraçando Melissa em seguida.
Na casa de Amber, a mesma estava pegando uma cerveja para Kevin.

– Que cheiro é este? – Kevin perguntou, ainda no sofá.

– São apenas as minhas ervas. – Amber respondeu, extendendo a mão para dar a garrafa de cerveja a Kevin.

– Então você fuma maconha?

– Depende, você vai me julgar?

– Na verdade, eu ia perguntar se você tem um pouco pra mim.

Os dois riram.

– Talvez outro dia, no momento você precisa de repouso.

Kevin saiu de baixo das cobertas para beber a cerveja, e assustou-se ao ver que conseguia mover suas duas pernas – sendo que uma delas estara quebrada há algumas horas – normalmente.

– Ah, eu espero que não se importe. Eu te dei algo para a sua perna melhorar. – Amber ressaltou, ao ver a reação de Kevin.

– O que é que cura uma perna quebrada em... – Ele viu o tempo que se passara desde que apagou na estrada. – ...três horas?! – Kevin acrescentou.

– Todos têm seus segredos.

– De qualquer jeito, muito obrigado mesmo por cuidar dos meus ferimentos!

– Nada que outra pessoa não faria. – Amber respondeu, sorrindo.

– Olha, Amber. Eu agradeço pela hospitalidade, mas eu tenho que ir agora. Meus amigos devem estar preocupados. Posso passar aqui uma hora dessas para te agradecer?

– Claro, eu adoraria! Venha, eu te mostro a saída.

Na manhã seguinte, a maioria da cidade se reunira na Southman's Catholic Church, a igreja católica mais famosa de Trumansfield, e lugar onde vários moradores reuniam-se aos domingos para ouvir a pregação de Steven Southman, o atual reverendo que comandava a igreja.

Steven era um homem de meia idade, e apesar de ser simpático com a maioria das pessoas, ele era conhecido por sua rigidez com seu filho, Nicholas, por ainda não ter se casado. Muitos suspeitavam que Nicholas era homossexual, não apenas por ainda estar solteiro aos 32 anos, mas pelo seu "jeito" aparentemente afeminado. Era também – de acordo com o que muitos moradores de Trumansfield pensavam – o motivo de Steven não gostar tanto do filho. Além de Nicholas, o reverendo tinha uma esposa de 26 anos chamada Grace – que era madrasta de Nicholas –, e um filho de 7 anos chamado Tim, com a mesma.

Como de costume, nem todos gostavam de ir à Igreja, mas a maioria se esforçava para comparecer ao menos aos domingos, e neste especialmente, devido os trágicos assassinatos que ocorreram durante a semana na cidade. O reverendo prestou suas homenagens às falecidas, Diane Morrison e Darlene Flynn, durante toda a reunião na igreja.

Logo depois, já à tarde, o Clark's estava aberto. Sarah ficou chateada por não ter visto John noite passada, o restaurante não abriu devido a morte de Darlene. Ela sonhara com John na noite anterior enquanto dormia, percebeu então que mesmo tentando evita-lo, não conseguia manter-se longe dele.
Enquanto isso, Kevin, que já voltara ao trabalho agora que sua perna estava aparentemente curada, estava atendendo uma das mesas. Melissa foi conversar com ele.

– Kevin, eu preciso falar com você.

– Não tenho tempo pra isso agora, Melissa. Estou atendendo esta mesa.

– É muito importante!

Os dois foram até o escritório de Dennis para conversar, este não estava lá.

– O que você quer? – Kevin perguntou, impaciente.

– Por que você não conversa com a sua mãe? Ela me disse que você chegou em casa ontem e nem falou com ela!

– Espera aí, desde quando você virou melhor amiga da minha mãe? Por que você está falando com ela pelas minhas costas?!

– Não é pelas suas costas! Nós conversamos ontem depois que todos foram embora e nos entendemos, eu pensei que você ficaria feliz com a sua mãe e namorada se dando bem.

– Namorada?! Você não entendeu o que eu disse anteontem? Nós terminamos! Agora me dá licença que eu preciso voltar ao trabalho.

Melissa segurou o braço de Kevin.

– Olha, tem algo que você precisa saber. Sua mãe me contou que está pensando em arranjar um 
emprego aqui no Clark's. – Melissa acrescentou, esperando uma reação de Kevin, que ficou extremamente irritado com a notícia.

– Eu preciso falar com o Dennis agora mesmo!

– Espera, Kevin!

– Você não entende?! Minha avó, a pessoa que cuidou de mim a vida toda acabou de morrer. Eu tenho uma mãe que eu conhecia apenas por fotos e memórias de quando era criança e que agora decidiu voltar para a minha vida por algum motivo desconhecido. Eu passei por maus bocados ultimamente, minha vida está uma bagunça, e ainda por cima você acha que me entende!

– Eu não entendo, eu sei que nunca tive tantas dificuldades. Mas eu gosto de você, Kevin, eu realmente gosto. Não sou o tipo de garota que se envolve, casa e tem filhos, mas eu não consigo ficar longe de você. Eu quero que você me dê uma nova chance!

– Eu estou com muita coisa na cabeça ultimamente, Melissa. Mas voltar com você não é uma delas, desculpe.

Kevin saiu do escritório.

Algumas horas depois, lá pela 00h30min, Kevin já tinha terminado seu turno no Clark's, e resolveu então ir até a casa de Amber. Como seu carro ficou danificado com o acidente e a seguradora ainda não tinha mandado um provisório, ele precisou ir de táxi até lá.

Chegando lá, ele bateu na porta, porém, ninguém o atendeu. Apesar da casa de Amber ficar em meio a muitas árvores em frente a uma estrada extremamente deserta, Kevin estranhou o quão calmo tudo estava ali. Ele resolveu então abrir a porta, e surpreendeu-se ao perceber que estava destrancada.

– Amber?! – Ele a chamou.

Visto que ninguém o respondeu, Kevin resolveu entrar mesmo assim. Ele olhava para os lados, mas não via ninguém. O único sinal de vida naquela casa eram as músicas hippies que continuavam a tocar no rádio e o cheiro das ervas que Amber mencionara.

Ao perambular pela casa e não encontrar absolutamente ninguém ali, Kevin percebeu que havia na sala de estar uma porta no chão, que provavelmente levaria ao porão. Ele resolveu abrir a porta e logo depois, desceu as escadas. A luz estava acesa. De repente, Kevin avistou o braço de uma pessoa deitada no chão atrás de uma instante cheia de livros no centro do porão, sangue escorria em volta deste braço. Kevin ficou aterrorizado.

– Amber? – Ele perguntou, assustado.

Enquanto isso, Sarah estava em sua casa. De repente, alguém bateu na porta. Ela se surpreendeu ao ver que era John.

– Oi, Sarah.

– Oi, o que você está fazendo aqui? – Ela perguntou, surpresa.

– Bom, eu não passei no Clark's ontem pois não pensei que você quisesse me ver, parecia zangada da última vez que eu te vi.

– O Clark's não abriu ontem mesmo, e sim, eu estava zangada. Eu fiquei um pouco chateada depois do nosso encontro, mas só hoje eu percebi: assim como em todos os relacionamentos, nós temos os nossos problemas. Mas não tem como saber se daremos certo se nós nem ao menos tentarmos seguir em frente com a nossa relação. Então, eu só queria te dizer que, mesmo com todos os desintendimentos, eu quero fazer isso dar certo! – Sarah apontou.

Em seguida, ela rapidamente o beijou e o envolveu em seus braços. Com leve relutância, John retribuiu o beijo.

– Entre! – Sarah exclamou.

John entrou, e depois de fechar a porta com o pé, ele rapidamente começou a tirar as roupas de Sarah.
Alguns minutos depois, os dois já estavam sem roupa, deitados no chão e envoltos de cobertas em frente à lareira na sala de estar de Sarah, John estava por cima dela. Ele a penetrava com força, há muito tempo não ficava tão íntimo com uma mulher. Sarah nunca havia ficado com homem algum, então aquele era um momento muito especial para ela. A dor de fazer sexo pela primeira vez era retribuída pela intimidade daquele momento, Sarah estava em êxtase.

– Beije-me. – Sarah disse, com os olhos fechados devido a intensidade do momento.

John ia abaixar-se para beija-la, até que de repente, suas presas ficaram expostas e ele ficou nervoso, tentando escondê-las novamente.

– O que foi? – Sarah perguntou, frustrada e surpresa por John ter parado.

Ele olhou de volta para ela, com a boca fechada a fim de esconder as presas dela. Ao ver o pescoço de Sarah, John ficou relutante em aproximar-se dela, estava com medo de não controlar seus instintos e acabar mordendo-a.

John, sem querer, acabou abrindo a boca e Sarah viu suas presas. Ela ficou aterrorizada.

– O que é isso na sua boca? – Sarah perguntou, sem reação.


John ficou sem fala ao ver a reação de Sarah, não sabia o que fazer. Ela estava prestes a gritar, até que, em um rápido instante, John perdeu o controle e mordeu-a, tapando a boca de Sarah com a mão e sugando seu sangue

CONTINUA DIA 22 DE JUNHO...

PRODUZIDO POR UNBROKEN PRODUCTIONS ESCRITO POR RAFAEL CRUZ UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES © 2015 Bloodlust – Todos os direitos reservados.

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Por: Rafael Galvão