BrookHaven - S01E12 - Imperfect Past


Engulo a frase em seco. Era lógica a existência de Marion antes da destruição de BrookHaven, só não achei que isto fosse uma coisa da qual ela tivesse vontade de compartilhar.
— Certo, então me conte.
— Tudo começou depois que meu irmão mais novo foi esfaqueado por Demetria...
E então, Marion passa a narrar a história:
Eu carreguei o corpo de Kevin por horas, pois não tinha forças para carregá-lo sozinha, e ninguém sequer cogitou me ajudar. Todos adoravam a preciosa Demetria. Assim que adentrei em casa, Robert me acudiu sem pestanejar. Pegou Kevin nos braços e o depositou na cama. Ajudei-o trazendo os materiais que Robert pedia para que pudesse cuidar de Kevin, até que ele me deu a notícia. Não há mais nada a se fazer por Kevin a não ser aguardar que ele acorde. Eu estava chocada com a fúria nos olhos dele, ele estava completamente irritado, e queria a todo custo saber quem tinha feito aquilo, e eu contei. Robert me agarrou pelo braço por todo o caminho de MiddleVille até bater na porta da casa de Demetria. A mãe dela atendeu novamente aos choros, mas isso não mais importaria. Robert me soltou e começou a gritar por Demetria dentro da casa, e assim que ela apareceu, ele pegou-a pelo cabelo e jogou na parede. A mãe dela tentou pará-lo, mas assim que ela encostou no ombro de Robert, ele bateu a cabeça dela na parede e seu sangue jorrou em cima de mim. Demetria estava ali, parada diante de mim, chorando, implorando por ajuda, enquanto eu assistia meu irmão brincando de tiro ao alvo com ela repetidamente.
— E eu não fiz nada. Fiquei parada lá, olhando a pobre garotinha morrer.
— Marion, eu... Eu sinto muito. – Digo, num tom fraco.
— Eu ainda não acabei.
Demetria e sua mãe estavam mortas diante de mim, e Robert saiu de lá como se nada tivesse acontecido. O ano era 1943, e a polícia não se importava com um homicídio visto que o país estava em guerra. Passou-se um ano até que tudo começasse a voltar à tona. Numa terça-feira, meu irmão passou a ver vultos dentro de casa, mas a princípio não se importou, apenas acendia uma vela e rezava um pai-nosso todas às noites. Então, um dia eu levantei da minha cama para tomar um copo de leite e a vi. Vi Demetria com uma faca na mão e logo depois, enfiando-a no crânio de Kevin – que não sobreviveu – e depois, vindo em minha direção, mas não para me atacar, para atacar Robert. A fúria de Demetria, a Ira, causou um conjunto de efeitos sobrenaturais que começaram apenas com trovões, e depois incêndios, até meu irmão sumir e me deixar sozinha no mundo. Demetria o caçou por todo o estado, e quando finalmente o encontrou, um terremoto supremo causou a destruição de BrookHaven. Nenhuma alma escapou - exceto por uma bela criança que havia nascido uma semana antes, e foi morar em Toledo -. E então, o estado inteiro foi destruído, e as almas dos residentes são condenadas a uma vez por ano, vagar por vingança aqui. Todos os anos, para que eu não morra, Robert tem que enviar sacrifícios para BrookHaven, para que eu ainda possa existir, senão, Demetria me mata. Por isso que ela não me confronta.
— Sinto perguntar, mas quem era essa criança que escapou?
— A avó de seu professor, Robert.
— O quê?
— Meu irmão Robert era casado com uma moça chamada Patricia Campbell, e eles tiveram uma filha, Lilian Campbell, que eventualmente, veio a ter um neto, chamado Robert Campbell, em homenagem ao meu irmão. Este Robert é quem envia os sacrifícios para cá.
— E por que ele simplesmente não para?
— Se ele parar, eu morro, mas Demetria não parará, e eventualmente, destruirá não só os Estados Unidos, como o mundo inteiro.
— E quem pode parar Demetria?

— Você.

PRODUZIDO POR
UNBROKEN PRODUCTIONS

ESCRITO POR
W. H. PIMENTEL

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Por: Rafael Galvão