
Jimmy desamarrou
as cordas que prendiam Kath à cama.
– O que você
está fazendo, cara?! Ela é minha! – Luther exclamou.
– Você já causou
muitas mortes desde que voltamos à cidade, Luther! Se a contagem de corpos
aumentar ainda mais, as pessoas podem ficar desconfiadas. – Jimmy respondeu,
levantando Kath daquela cama. – Leve-a pra casa, dê seu sangue e hipnotize-a
para que não se lembre de nós, eu vou procurar por este tal de Dean!
Jimmy saiu da
casa, levando dois outros vampiros consigo caso precisasse de reforços. Luther,
seguindo às ordens de seu líder, levou Kath para casa.
Enquanto isso, Amber estava na casa de Kevin conversando com ele.
– Eu fiquei
surpresa com a sua ligação, não esperava que fosse te ver novamente depois da
noite passada. – Amber disse.
– Acho que estou
sem mais opções. Todo mundo à minha volta está morrendo e aparentemente você é
a única pessoa que eu tenho.
– Eu sinto
muito, Kevin. – Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos. – Você está
morando sozinho agora?
– Não, minha mãe
resolveu voltar a morar aqui. Eu só a deixo ficar pois não tenho como pagar o
aluguel sozinho.
– Por que você a
odeia tanto?
– Podemos não
falar disso agora, por favor? Eu só quero relaxar um pouco. – Kevin respondeu,
encostando sua cabeça no sofá em que ambos estavam sentados.
– Você provou o
sangue que eu te dei ontem à noite?
– Sim, provei, e
graças a ele, eu fiquei completamente inconsciente durante o assassinato da
minha namorada e agora sou o principal suspeito de homicídios em massa em
Trumansfield! – Ele exclamou, zangado.
– Não seja tão
dramático, admita que a sensação é ótima. – Amber afirmou, sorrindo.
– Bom, foi. Foi
incrível, na verdade. Durante o sexo, então, foi algo de outro mundo. Eu nunca
tinha sentido nada como isto antes. – Kevin respondeu, recordando o sexo
extasiante que tivera com Melissa a noite passada.
– Você não quer
experimentar comigo? – Amber perguntou, esfregando sua mão na perna de Kevin. Este ficou nervoso.
– Tipo...
agora?!
Ela assentiu com
a cabeça, aproximando-se lentamente de Kevin e em seguida, beijando-o. Ele
relutou, estava se sentindo mal por fazer isto com outra garota logo depois de
perder sua "namorada". Eventualmente, porém, Kevin acabou cedendo, os
dois foram para o quarto dele.
No Clark's, Nicholas estava bebendo uma cerveja em uma das mesas,
Alan Fort chegou ao estabelecimento para conversar com o filho do Reverendo.
– E aí,
Reverendo? – Alan perguntou, a fim de puxar assunto.
– Eu já pedi pra
não me chamar assim. O que você quer?
– Bom, o motivo
de eu ter pedido para encontrar com você aqui é por que... eu acredito em você! Quero dizer, naquela coisa de... pessoas com... presas. – Alan afirmou
timidamente.
Nicholas ficou
positivamente surpreso, não esperava que alguém fosse realmente acreditar em
sua palavra.
– Sério?! Nossa,
muito obrigado, você não sabe o quanto isto significa pra mim, oficial!
– Então... qual
é o seu plano?
– Bom, eu não
exatamente tenho um plano, quero dizer... – E antes que Nicholas pudesse
continuar, três pessoas conhecidas entraram no restaurante, ele ficou
assustado. Eram Jimmy e os dois vampiros que este levara consigo antes de sair
do "ninho" para procurar por Dean. – Oh, meu Deus! Aquelas três pessoas
fazem parte do grupo que assassinou minha família! – Ele sussurrou para Alan.
– Você... você
tem certeza?! – Alan perguntou, também sussurrando.
– Tenho! Você
está com a sua arma aí?
– Sim, eu sempre
a carrego comigo.
– Venha, eu
tenho um plano!
Cerca de meia
hora depois, na casa de
Kevin, este, juntamente com Amber, estava com o organismo cheio de sangue de
vampiro. Os dois estavam apagados, tinham acabado de fazer sexo.
De repente,
alguém abriu a porta da casa e entrou. Era Marnie. Ela estava cheia de sangue
em suas mãos, assim como a faca em sua bolsa, que ela usara há alguns minutos
em Bree.
Ela foi a passos
lentos até o quarto de Kevin, onde este estava deitado na cama com Amber.
Silenciosamente, pegou a faca em sua bolsa. Marnie cravou-a no peito de Amber,
esta não fez um movimento. Logo depois, Marnie retirou a mesma faca da vítima e
pôs de volta em sua bolsa. Assim, ela foi embora, deixando os dois ali.
Enquanto
isso, Luther levou Kath em casa. Os dois saíram do carro e foram até a
porta, onde ele a hipnotizou.
– Você vai
esquecer tudo o que aconteceu nas últimas 24 horas, você estava em casa
assistindo televisão. – Ele disse, olhando-a fixamente.
– Eu passei as
últimas 24 horas em casa assistindo televisão. – Kath afirmou, cedendo à
hipnose do vampiro.
Logo depois,
Luther foi até seu carro e saiu dali. Kath entrou em casa.
Alguns minutos
depois, Kevin acordou, o
efeito do sangue de vampiro tinha acabado. Ele, ainda um pouco sonolento,
resolveu abraçar Amber e beija-la, até que, ao estranhar a temperatura fria de
seu corpo, ele percebeu que esta estava morta. Kevin entrou em pânico, não
podia acreditar que isto estava acontecendo novamente. Ele sabia que seria
preso se fosse pego "em flagrante" novamente, então resolveu esconder
as evidências desta vez. Kevin começou a limpar todo o sangue que empesteava a
cama.
Marnie chegou em casa. Kath tinha acabado de sair do banho
que tomara assim que chegou. Marnie ficou surpresa por sua neta não estar no
trabalho a esta hora da noite.
– Vovó, é você?
– Kath perguntou, enquanto secava o cabelo no banheiro.
– Katherine?
Você não deveria estar no trabalho?! – Marnie perguntou, surpresa.
– Eu resolvi
ficar em casa. – Kath saiu do banheiro para ver sua avó. – Fiquei o dia todo...
– Kath viu o estado que sua avó estava, ficou chocada. Marnie ficou sem reação.
– Oh, meu Deus! O que aconteceu com você?! Você está bem?! – Ela perguntou,
checando o corpo de Marnie tentando encontrar machucados.
– Sim, eu... eu
estou bem, querida. Só preciso tomar um banho, está tudo bem. – Marnie
respondeu timidamente.
– Espera um
minuto, você não está machucada... de quem é esse sangue? – Kath perguntou,
confusa.
– Querida, não é
nada demais, é só...
– Marnie, você
matou todas aquelas pessoas? – Ela perguntou, desconfiada.
– O quê?! Claro
que não, como você pode...
Enquanto Marnie
tentava se explicar, sua bolsa acabou caindo no chão. Vários itens nela
acabaram ficando à mostra, inclusive a faca que antes fora usada anteriormente
nas vítimas. Kath ficou devastada.
– O que é isto?!
Por que é que tinha uma faca ensanguentada na sua bolsa?! – Ela perguntou,
intrigada e sem saber o que pensar.
– Eu...
Marnie percebeu
que não conseguiria arranjar uma explicação plausível em tão pouco tempo, então
resolveu ir pelo caminho mais fácil. Ela rapidamente deu um soco na cara de sua
neta e pegou a faca para matá-la.
De repente,
Sarah chegou à casa de Kath. Ela estava muito confusa depois de todas as
loucuras que a atormentaram nos últimos dias, queria conversar com sua melhor
amiga sobre isso. Ela bateu na porta. Ninguém atendeu, Sarah estranhou.
– Kath, você
está aí? Eu queria falar com você um minutinho! – Sarah exclamou.
Marnie apontou a
faca para o rosto de Kath e, num gesto com a mão, pediu que ela ficasse calada
e não desse um pio.
– Sarah,
socorro! – Kath exclamou.
Sarah
assustou-se com os gritos de Kath e rapidamente entrou na casa, vendo então
Marnie tentando matar a própria neta. Sarah não sabia o que fazer, então correu
até ela e empurrou-a. Marnie caiu no chão.
– O que foi que
aconteceu aqui?! – Sarah perguntou, agonizada.
– Eu não sei,
ela enlouqueceu!
Sarah ajudou
Kath a levantar-se e as duas correram até a porta na tentativa de fugir dali.
De repente, Marnie deu uma cadeirada em Kath, esta rapidamente caiu
inconsciente no chão. Em seguida, ela foi em direção à Sarah, e antes que esta
pudesse gritar, Marnie pegou-a pelo pescoço e levantou-a.
Sarah não via
nenhum objeto à sua volta para que pudesse usar em Marnie, então,
precipitadamente, ela enfiou seus dedos nos olhos dela.
Marnie começou a
gritar, era como se sua cabeça estivesse pegando fogo, fumaça saía de seus
olhos. De repente, os olhos de Marnie ficaram vermelhos. Sarah assustou-se.
Marnie desmaiou.
Enquanto isso, Jimmy e os outros dois vampiros – Martha e Lou –
estavam no Clark's procurando por Dean.
– Por quanto
tempo mais teremos que esperar, Jimmy? Já estamos aqui há mais de meia hora e
não vi ninguém parecido com uma drag queen! – Martha exclamou.
– É, acho melhor
procurarmos na casa dessa bicha, ele deve estar de folga hoje! – Lou
acrescentou.
– Só mais alguns
minutos, ele deve estar aqui. É só esperar que alguma droga de garçonete nos atenda e eu pergunto. – Jimmy acenou com a mão para Carrie, que não estava
atendendo nenhuma mesa no momento.
– Desculpe pela
demora, gente. Não faz nem uma semana que estou trabalhando aqui, sou
praticamente uma novata. – Carrie afirmou, sorrindo simpaticamente.
– Está tudo bem,
senhorita... Carrie. – Ele respondeu, sorrindo. – Nós estávamos na verdade
querendo saber se o cozinheiro deste lugar, Dean, está trabalhando hoje.
– Sim, eu acho
que ele acabou de ir lá nos fundos tirar o lixo. – Carrie respondeu, apontando
para os fundos do restaurante.
– Muito
obrigado, e aqui está um bônus pelo seu tempo. – Jimmy deu uma cédula de 50
dólares à Carrie, ela ficou positivamente surpresa, mas não respondeu, apenas
sorriu. Jimmy, Martha e Lou foram até os fundos do Clark's.
Eles não viram,
porém, que John também estava no restaurante, sentado num dos bancos do bar.
Ele tinha ouvido toda a conversa, veio ao Clark's esta noite para tentar
conversar com Sarah, mas a mesma não havia comparecido. Resolveu então seguir
Jimmy e seu grupo discretamente.
Enquanto isso,
Dean estava jogando os sacos de lixo na grande lixeira que ficava do lado de
fora nos fundos do Clark's. De repente, Jimmy, Martha e Lou chegaram ali. John
estava observando tudo, escondido.
– Quem são
vocês? – Dean perguntou.
– Você é o Dean?
– Jimmy perguntou.
– Sim.
– Ótimo. – Ele
respondeu, sorrindo.
Alan e Nicholas
estavam atrás de árvores nos fundos do restaurante e estavam observando também.
– Oh, meu Deus,
são eles... o que fazemos agora? – Alan sussurrou.
– Você está com
a sua arma aí?
– Sim.
– Espere e verá!
– Nicholas respondeu.
Enquanto isso, Kevin estava no meio da floresta. Estava deserto. Ele
estava cavando uma cova para Amber, não queria se meter em mais problemas.
– Desculpe-me,
Amber. Eu sinto muito mesmo. – Ele disse, chorando.
Em seguida,
largou a pá e resolveu finalmente jogar o corpo dentro da cova. Ao pegar o
corpo, Kevin foi surpreendido. Amber despertou e, rapidamente, mordeu o pescoço
dele, Kevin gritou.
CONTINUA...
PRODUZIDO POR
UNBROKEN PRODUCTIONS
ESCRITO POR
RAFAEL CRUZ
UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES
©2015 Bloodlust - Todos os direitos reservados.
 
 
