The Phoenix - S02E01 - Recomeço [SEASON PREMIERE]


"Tudo tem começo e meio. O fim é apenas para aqueles que não acreditam em um recomeço. Como na primeira parte desta jornada, esta também terá muitos obstáculos... Mas a força e a capacidade rapidamente os superarão."

Cena 1

Laura vai correndo pelas ruas descalça e ainda vestida de noiva, ela chora.

LAURA (Narrando) — Quando pensamos que nossos planos estão em absoluto controle, as chances e hipóteses de tudo dar errado serão as primeiras da lista na trajetória planejada…
Ela passa correndo pela Novo Mundo, a emissora ardia em chamas. Bombeiros faziam de tudo para apagar o fogo.
LAURA (Narrando) — Neste meio tempo, segui atrás das pessoas que destruiram minha vida. Me vinguei. O fato é que relacionei pessoas com meu plano de vingança que não deveria relacionar. Eu machuquei pessoas… Pessoas que não deveriam ser machucadas…
Laura continua correndo até sua casa…
LAURA (Narrando) — Reencontrei o amor da minha vida, e ganhei uma das melhores e mais fiéis amizades que o ser humano pode ter… Só que a partir de hoje, eu tive uma chance de recomeçar. Não é sempre que nós temos uma nova chance… Eu irei recomeçar e, garanto… Irei fazer melhor!


Cena 2

Laura entra em casa chorando. Ela cai no chão, respirando aceleradamente, se levanta e segue à caminho de seu quarto. Lá ela vasculha suas coisas à procura de sua caixa de madeira.
LAURA — Estou perdendo o controle! Estou perdendo o controle!
Laura pega seu celular e liga pra Otávio.
LAURA — Alô? Otávio?
OTÁVIO (Cel.) — Laura? Onde é que você está? Eu estou aqui na igreja, te procurei feito um louco!
LAURA — Eu estou em casa. Otávio, você precisa me ajudar!
OTÁVIO (Cel.) — Que houve? Espera, antes… Você soube que o Fábio está supostamente morto?
LAURA — Sim, sei. A situação fugiu completamente do meu controle. Eu queria destruir a Novo Mundo, mas não queria acabar com a vida do Fábio!


Cena 3

Vanessa e Carlos chegam de carro ao local, eles descem. Assim que eles saem,  dão de cara com os bombeiros trazendo o corpo de Fábio embrulhado em um saco preto.
VANESSA — Pelo amor de Deus! Onde está meu filho? Onde está o Fábio?!
Um dos bombeiros chega até Vanessa.
BOMBEIRO — A Senhora é Vanessa Guimarães?
VANESSA — Sim, sou eu!
O bombeiro tira um crachá do bolso com o nome de Fábio Guimarães. Ele mostra pra Vanessa.
VANESSA — É do meu filho! Todos os funcionários ou pessoas que entrassem na Novo Mundo precisavam ter um crachá.
BOMBEIRO — Este crachá… Foi encontrado ao lado do corpo do seu filho. E como o corpo está em um estado avançado de cremação…
Vanessa dá um grito.
VANESSA — Filhooooooo!!!
Ela vai correndo atrás dos bombeiros que vão levando o corpo de Fábio. Carlos vai atrás de Vanessa.
CARLOS — Vanessa! Calma! Calma!
VANESSA — Meu filho, Carlos! Nosso filho! Está morto!
Ele abraça Vanessa, em seguida ele olha pra Novo Mundo que se destrói em chamas.
CARLOS — Meu império… Totalmente destruído!
Vanessa empurra Carlos.
VANESSA — Desgraçado! Seu filho está morto, você não está nem aí. Claro, está sempre preocupado com a porcaria desta emissora!
CARLOS — Claro que não, Vanessa!
VANESSA — Pois saiba que eu não me importo nem um pouco com essa emissora! Se eu pudesse, há muito tempo eu mesma teria tocado fogo nisso tudo!
Carlos olha pra Vanessa com olhar de desconfiança.
CARLOS — Você…?
VANESSA — Claro que não, Carlos! Eu faria tudo pra destruir sua vida, mas destruir minha vida junto com a sua, nunca! Isso nunca!
Vanessa olha pra Carlos raivosa.


DIAS DEPOIS…


Cena 4

O velório de Fábio começa. Vanessa estava ao lado do caixão do filho. De óculos escuros, ela estava de mãos dadas com Carlos. Carlos não parecia muito triste com a perda do filho. Laura estava na segunda fila de cabeça baixa, quando ela sente o celular vibrar. Ela se afasta do local para atender a ligação.
LAURA — Otávio.
OTÁVIO (Cel.) — Eu estou na fachada da mansão Guimarães, aparentemente vazia. Apenas os empregados estão lá dentro.
LAURA — Faça o seguinte: Entre na mansão, enrole os empregados… Mas como você vai encontrar a caixa de madeira?
OTÁVIO (Cel.) — Querida, você se esqueceu? Fui eu quem disse à você que a Queen Vanessa estava com sua caixa. Eu instalei um chip na caixinha de surpresas.
LAURA — Ah, claro. Otávio, sem você eu não seria nada! Acha que ela já abriu?
OTÁVIO (Cel.) — Acho que não. Nesses últimos dias ela só teve tempo pra organizar o velório do Fábio.
Os olhos de Laura se enchem de lágrimas, mas ela segura o choro.
LAURA — Comece sua missão então… Querido!
OTÁVIO (Cel.) — Huuuummmm… Nova trajetória? Sinto cheiro de vingança!
LAURA — Claro. Quando temos uma nova chance de recomeçar, precisamos seguir em frente.
Laura desliga o celular e respira fundo… Em seguida, ela pega uma rosa branca e vai em direção ao caixão de Fábio.
LAURA (Pensando) — Fábio, me perdoa. Eu não queria que terminasse assim.
Ela joga a rosa sobre o caixão de Fábio.


Cena 5

Otávio conversa com a empregada da mansão, Liliana.
OTÁVIO — Eles não estão aqui?
LILIANA — Não, senhor. Eles foram pro enterro do filho… Fábio.
OTÁVIO — Sim. Nossa, que tragédia! Soube da morte dele.
LILIANA — Terrível…
OTÁVIO — Mas eu posso esperar.
LILIANA — Ótimo. Então pode se sentar. Espere eles aqui na sala, eu preciso ir nos jardins.
OTÁVIO — Pode ir. Ficarei bem, aqui.
Liliana vai pros jardins da mansão. Otávio pega seu celular, liga o GPS e procura pela caixa de madeira de Laura. Ele a encontra.
OTÁVIO — Bingo! No quarto da megera!
Otávio vai em direção ao quarto de Vanessa. Ele entra, abre o guarda roupa dela e encontra a caixa.
OTÁVIO — Querida! Já estava morrendo de saudades de você! Volta pras minhas mãos…
Ele pega a caixa e sai correndo da mansão.


Cena 6

Bruno acorda, ele estranha o local. Depois de alguns minutos ele percebe que está em um cativeiro.
BRUNO — Quem me colocou nesse lugar?
Bruno se levanta, um pouco zonzo…


Cena 7

Laura anda de um lado pro outro, à esperar Otávio. É neste momento que Otávio chega com a caixa nas mãos.
OTÁVIO — Só falta ganhar na loteria! Hoje é seu dia de sorte!
Laura abraça Otávio.
LAURA — Obrigada, Otávio! Obrigada mesmo! Por algumas horas pensei que havia perdido meu controle.
OTÁVIO — Talvez a megera ainda não tenha aberto!
Laura abre a caixa, analisa seus documentos, fotos…
LAURA — Está tudo aqui.
Ela respira fundo.


Cena 8

Em seu quarto, Carlos enche uma taça de vinho.
CARLOS — Minha vida… Está totalmente destruída! Perdi meu filho, minha empresa… Tudo! Não resta nada mais pra mim. A única solução à essa altura do campeonato é… morrer.
Ele bebe, em seguida liga pra Marcos.
CARLOS — Marcos? Você poderia ir à um lugar comigo? Sim, eu vou te buscar no seu apartamento.


Cena 9

Carlos dirige o carro, Marcos no banco do lado.
MARCOS — Realmente, Carlos. Sua vida está destruída.
CARLOS — Eu não preciso mais dela!
MARCOS — Como é?
CARLOS — Não preciso mais da minha vida. Sou um homem morto, massacrado pela midia, com um império destruído… família destruída. Não sou nada!
MARCOS — O que você vai fazer agora?
CARLOS — Marcos, querido, a única solução agora é morrer.
MARCOS — Morrer?
CARLOS — Sim, morrer. Morrer para vida… Morrer para o mundo!
É neste momento que Carlos pula pra fora do carro. Marcos fica dentro, o carro segue em alta velocidade sem direção, até que cai em um precipício e explode. Carlos se levanta e olha a explosão.
CARLOS — É… Carlos Guimarães agora está definitivamente morto!
Carlos segue pela estrada sem rumo…
CONTINUA...
ESCRITO POR
LUCAS DE MATTOS E KAIO GOMEZ
UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES
©2015 The Phoenix - All rights reserveds.

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Por: Rafael Galvão