Dean estava
cercado por Jimmy, Martha e Lou. Não sabia a intenção deles, estava confuso,
então resolveu não fazer nenhum movimento abrupto.
– O que vocês
querem comigo? Se for drogas, eu... eu guardo tudo lá em casa. – Dean disse,
nervoso.
– Não é por isso
que estamos aqui! Você tem uma coisa que nos pertence, e nós viemos busca-la. –
Jimmy afirmou.
– E o que seria?
– Jimmy olhou discretamente para o pulso direito de Dean, estava ali a pulseira
que ele tanto procurava. Dean viu que o olhar de Jimmy estava apontando para a
pulseira. – O quê? Isto aqui?! Por que vocês iriam querer uma simples pulseira?
– Não é da sua
conta, garoto. Agora entregue-a! – Lou ordenou.
– Eu... eu não
acho que isto seja uma boa ideia. – Dean respondeu, assustado.
– Dê-nos a
pulseira antes que eu arranque a sua cabeça fora! – Jimmy exclamou,
aproximando-se de Dean.
– Ele não vai
entregar a pulseira para você, Jimmy! Acho melhor você e sua "gangue"
darem o fora daqui! – John exclamou, intrometendo-se no assunto.
– John, você é a
última pessoa que eu esperava ver aqui! – Jimmy respondeu, sorrindo
ironicamente.
– Eu não posso
deixar você libertar aqueles vampiros, Jimmy, é uma guerra que não precisamos!
Por favor, saia daqui. Ninguém precisa se machucar!
– Você acha que
nós vamos aceitar ordens de você, John?! Acho melhor você sair daqui se
não quiser levar uma estaca no coração! – Lou exclamou, ficando frente a frente
com John e peitando-o.
Os dois
encararam-se por alguns segundos, até que John enfiou sua mão no peito de Lou e
arrancou seu coração, matando-o instantaneamente. Lou desintegrou-se na frente
de todos e transformou-se num monte de gosma sangrenta no chão.
Jimmy ficou
surpreso pela atitude de John, e ao mesmo tempo zangado por perder um de seus
vampiros. Jimmy correu até ele e os dois começaram a trocar inúmeros socos.
Dean ficou
extremamente confuso. Era muita coisa estranha acontecendo para seu cérebro
processar de uma vez só. Ele não sabia o que fazer, então correu o mais rápido
que pôde. Martha não ia deixá-lo escapar, então foi atrás.
Enquanto isso,
John e Jimmy continuavam a lutar um com o outro. John imobilizou o vampiro.
– Desista,
Jimmy! Saia daqui, agora! – John exclamou.
Jimmy relutou
por um instante, mas eventualmente, fugiu dali.
Martha alcançou
Dean e o atacou. Inusitadamente, ele usou sua magia para imobilizá-la e lançou
então um feitiço que deixou Martha imóvel. Em seguida, ele continuou correndo.
Porém, John o alcançou em questão de segundos e o parou.
– Dean, espere!
Sou eu, John!
– O que diabos
aconteceu lá?! O que você é?! – Ele perguntou, terrivelmente assustado.
– Eu sou um
vampiro!
– O... o que?!
– Olha, eu não
tenho tempo pra isso! Você precisa vir comigo, aquele homem voltará para te
caçar a qualquer momento!
John pegou no
braço de Dean e saiu dali velozmente com ele.
Enquanto isso, Amber continuava a sugar o sangue de Kevin. De
repente, ele a afastou, estava um pouco fraco devido ela quase tê-lo drenado.
– Oh, meu Deus,
Kevin. Eu sinto muito! – Amber disse, assustada e com a boca cheia de sangue. Parecia ter voltado de um breve transe. – Deixe-me ver isto. – Ela acrescentou.
– Afaste-se de
mim, Amber! Que droga foi esta? Você é algum tipo de chupa-cabra agora?!
– Kevin perguntou, assustado.
– Eu sou uma
vampira, Kevin! Você não percebeu?!
– Vampira?! Mas
alguém te matou!
– Exatamente! Eu
morri com um monte de sangue de vampiro no meu sistema!
– Oh, meu Deus!
– Eu sinto
muito, Kevin. Não posso ficar aqui sabendo que posso machucar alguém, eu preciso
ir!
– Amber, espere!
Ignorando Kevin,
Amber fugiu.
John continuava a correr com Dean, até que este o parou.
– Espere um
minuto, cara! Para onde você está me levando?!
– Para a sua
casa, é claro! No momento, é o único lugar seguro pra você ficar.
– E como saberei
que posso confiar em você?
– Você vai
precisar, se quiser sobreviver!
Os dois ficaram
em silêncio por alguns segundos, até que o celular de John tocou.
– Alô.
– John, eu
preciso que você venha até a casa da Kath agora! – Sarah exclamou, em pânico, aparentemente.
– Sarah?! Eu não
esperava que você fosse ligar. O que aconteceu?! – Ele perguntou, surpreso pela
ligação e ao mesmo tempo assustado pela possibilidade de Sarah estar correndo
perigo.
– Eu não posso
explicar por telefone. Por favor, venha até aqui agora!
– Mas eu... –
Sarah desligou antes que John pudesse continuar. – Você sabe onde a Kath mora?
– Ele perguntou a Dean.
– É claro que eu
sei, ela é minha prima!
– Nós precisamos
ir até lá agora!
Nicholas e Alan observaram toda a luta dos vampiros, mas resolveram
ficar escondidos depois que viram do que os mesmos são capazes. Depois que
Jimmy, John e Dean foram embora, os dois foram até a floresta procurar por eles
a fim de tentar capturar algum vampiro, até que encontraram Martha inconsciente
no chão.
– Será que ela
está viva? – Alan perguntou, sussurrando.
– Não sei. Mas
você viu como eles ficam quando morrem, se fosse para adivinhar, eu diria que
está viva. – Nicholas cutucou-a com o pé, mas Martha não realizou um movimento
físico sequer. – Ajude-me a carregá-la, vamos levar ela para a delegacia agora
mesmo!
Alguns minutos
depois, John e Dean
chegaram à casa de Kath. Sarah abriu a porta e eles rapidamente entraram.
Ficaram surpresos ao ver Kath desacordada e esta, assim como Sarah, com as mãos
ensanguentadas e ao mesmo tempo, Marnie amarrada e com a boca vendada, sentada
numa cadeira no centro da sala de estar.
– O que foi que
aconteceu aqui?! – John perguntou.
– Marnie, a avó
de Kath, é a assassina. Foi ela quem matou todas aquelas pessoas, John! – Sarah
exclamou, lacrimejando e abraçando-o fortemente. Ele retribuiu o abraço.
– Por que vocês
não chamaram a polícia ainda?
– É a avó da
Kath, John. Não sabíamos o que fazer.
De repente, Dean
foi até Marnie enraivecido e deu um forte soco em seu rosto. John o parou.
Marnie começou a murmurar palavras, mas nada se entendia devido a venda em sua
boca, Sarah resolveu então tirá-la.
– O que você
está dizendo?! – Sarah perguntou, irritada.
– Dean, você
conta ou conto eu? – Marnie perguntou, soltando risos.
– Do que ela
está falando, Dean? – Sarah perguntou.
FLASHBACK. Há
quatro dias...
Marnie chegou à
casa de Dean, zangada. Ele estava de cara em diversos grimórios de sua família
para descobrir um modo de se vingar de Kevin por lhe ter causado prejuízo. Dean
estava extremamente irritado naquele momento, não estava com paciência pra
conversar. Resolveu abrir a porta mesmo assim. Marnie entrou sem nem mesmo ter
sido convidada.
– Eu não estou
com paciência agora, Marnie!
– Olha essa
boca, garoto. Eu sou sua avó, é melhor me tratar com respeito!
– O que você
quer?!
– A pulseira que
a Katherine te deu, eu quero ela de volta!
– Desculpe, mas
não vai dar. Ela me deu e agora é minha.
– Garoto, é
melhor você...
De repente, Dean
lançou um feitiço em Marnie. Ela caiu no chão inconsciente. Naquele exato
momento, o espírito de Laura Fisher apareceu para ele.
– Dean, o que
você acabou de fazer? – Ela perguntou, abismada.
– Deixe-me em
paz, gasparzinho. O que eu faço não é da sua conta!
DIAS ATUAIS...
– ... então ele
encontrou um feitiço de invocação em um dos grimórios e, aqui estou eu. –
Marnie disse.
– O que você é?
– Sarah perguntou, assustada.
– Eu sou um
demônio, querida. – Marnie soltou risos.
– Você...
invocou um demônio para que matasse aqueles pessoas, Dean? – Sarah perguntou,
chocada.
– Não seja tão
dramática, querida. Ele apenas fez um pacto comigo. Eu mato todas as pessoas
próximas àquele tal de Kevin, e em troca, ganho minha estadia na Terra.
– Mas isto acaba
agora, você está me ouvindo? O nosso acordo foi que você o fizesse sofrer! –
Dean exclamou.
– Mas de que
modo você pode causar sofrimento a alguém se não matando as pessoas que ele
ama?
– Você vai
voltar para o inferno. Está me ouvindo?! – Dean pegou sua pulseira e a ergueu.
Ele começou a entoar um ritual em latim. – "Exorcizamus te, omnis
immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis..."
Marnie começou a
gritar, seus olhos ficaram vermelhos novamente, sua pele parecia estar pegando
fogo. Ela gritava de dor e ao mesmo tempo ria demoníaca e psicoticamente. A
cadeira começou a arrastar-se de um lado para o outro, o demônio tentava ao
máximo se libertar. De repente, a cadeira começou a levitar, todos ficaram
assustados, mas Dean prosseguia com o ritual.
Os móveis começaram
a mover-se. As luzes não paravam de piscar, era como se a casa estivesse
prestes a ser destruída. De repente, Sarah lembrou-se de ter imobilizado Marnie
há alguns minutos e resolveu ajudar.
– Dean, pegue
minhas mãos!
– Como você
poderia me ajudar?! Você não é bruxa!
– Confie em mim!
Ele pegou nas
mãos de Sarah e os dois começaram a pronunciar o exorcismo juntos. Marnie
pareceu sentir ainda mais dor. De repente, suas cordas se desamarraram e ela
levantou da cadeira, pegou Kath – que no momento estava desacordada no sofá –
pelo pescoço.
– Parem agora ou
ela morre!
– Não pare,
Dean! – Sarah exclamou.
Eles
prosseguiram, até que de repente, Marnie soltou um grito tão agudo que fez os
vidros das janelas e portas se quebrarem. Um vulto rapidamente pareceu sair do
corpo de Marnie, ela gritou e em seguida, desmaiou. As luzes e móveis pareceram
voltar ao normal. Porém, Kath e Marnie estavam apagadas.
– Precisamos
levá-las a um hospital agora mesmo! – Sarah exclamou.
– Não precisa,
eu posso dar meu sangue a elas! – John respondeu.
– Você já ajudou
bastante, John.
Sarah e Dean
saíram de lá carregando-as e entraram no carro de Kath para levá-las ao
hospital mais próximo.
Alguns minutos
depois, eles já estavam
a meio caminho do hospital. De repente, alguém apareceu no meio da estrada,
fazendo Dean perder o controle do volante e parar o carro.
– Você está
bem?! – Dean perguntou a Sarah.
– Sim, estou. O
que diabos foi isto?!
– Não sei.
Mas...
Antes que Dean
pudesse terminar a frase, alguém o pegou pela janela do carro e o levou embora.
Era Jimmy.
CONTINUA...
PRODUZIDO POR
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ESCRITO POR
RAFAEL CRUZ
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