Bloodlust - S01E12 - Darkness in the Living Room



Dean estava cercado por Jimmy, Martha e Lou. Não sabia a intenção deles, estava confuso, então resolveu não fazer nenhum movimento abrupto.

– O que vocês querem comigo? Se for drogas, eu... eu guardo tudo lá em casa. – Dean disse, nervoso.

– Não é por isso que estamos aqui! Você tem uma coisa que nos pertence, e nós viemos busca-la. – Jimmy afirmou.

– E o que seria? – Jimmy olhou discretamente para o pulso direito de Dean, estava ali a pulseira que ele tanto procurava. Dean viu que o olhar de Jimmy estava apontando para a pulseira. – O quê? Isto aqui?! Por que vocês iriam querer uma simples pulseira?

– Não é da sua conta, garoto. Agora entregue-a! – Lou ordenou.

– Eu... eu não acho que isto seja uma boa ideia. – Dean respondeu, assustado.

– Dê-nos a pulseira antes que eu arranque a sua cabeça fora! – Jimmy exclamou, aproximando-se de Dean.

– Ele não vai entregar a pulseira para você, Jimmy! Acho melhor você e sua "gangue" darem o fora daqui! – John exclamou, intrometendo-se no assunto.

– John, você é a última pessoa que eu esperava ver aqui! – Jimmy respondeu, sorrindo ironicamente.

– Eu não posso deixar você libertar aqueles vampiros, Jimmy, é uma guerra que não precisamos! Por favor, saia daqui. Ninguém precisa se machucar!

– Você acha que nós vamos aceitar ordens de você, John?! Acho melhor você sair daqui se não quiser levar uma estaca no coração! – Lou exclamou, ficando frente a frente com John e peitando-o.

Os dois encararam-se por alguns segundos, até que John enfiou sua mão no peito de Lou e arrancou seu coração, matando-o instantaneamente. Lou desintegrou-se na frente de todos e transformou-se num monte de gosma sangrenta no chão.

Jimmy ficou surpreso pela atitude de John, e ao mesmo tempo zangado por perder um de seus vampiros. Jimmy correu até ele e os dois começaram a trocar inúmeros socos.

Dean ficou extremamente confuso. Era muita coisa estranha acontecendo para seu cérebro processar de uma vez só. Ele não sabia o que fazer, então correu o mais rápido que pôde. Martha não ia deixá-lo escapar, então foi atrás.

Enquanto isso, John e Jimmy continuavam a lutar um com o outro. John imobilizou o vampiro.

– Desista, Jimmy! Saia daqui, agora! – John exclamou.

Jimmy relutou por um instante, mas eventualmente, fugiu dali.

Martha alcançou Dean e o atacou. Inusitadamente, ele usou sua magia para imobilizá-la e lançou então um feitiço que deixou Martha imóvel. Em seguida, ele continuou correndo. Porém, John o alcançou em questão de segundos e o parou.

– Dean, espere! Sou eu, John!

– O que diabos aconteceu lá?! O que você é?! – Ele perguntou, terrivelmente assustado.

– Eu sou um vampiro!

– O... o que?!

– Olha, eu não tenho tempo pra isso! Você precisa vir comigo, aquele homem voltará para te caçar a qualquer momento!

John pegou no braço de Dean e saiu dali velozmente com ele.

Enquanto isso, Amber continuava a sugar o sangue de Kevin. De repente, ele a afastou, estava um pouco fraco devido ela quase tê-lo drenado.

– Oh, meu Deus, Kevin. Eu sinto muito! – Amber disse, assustada e com a boca cheia de sangue. Parecia ter voltado de um breve transe. – Deixe-me ver isto. – Ela acrescentou.

– Afaste-se de mim, Amber! Que droga foi esta? Você é algum tipo de chupa-cabra agora?! – Kevin perguntou, assustado.

– Eu sou uma vampira, Kevin! Você não percebeu?!

– Vampira?! Mas alguém te matou!

– Exatamente! Eu morri com um monte de sangue de vampiro no meu sistema!

– Oh, meu Deus!

– Eu sinto muito, Kevin. Não posso ficar aqui sabendo que posso machucar alguém, eu preciso ir!

– Amber, espere!

Ignorando Kevin, Amber fugiu.

John continuava a correr com Dean, até que este o parou.

– Espere um minuto, cara! Para onde você está me levando?!

– Para a sua casa, é claro! No momento, é o único lugar seguro pra você ficar.

– E como saberei que posso confiar em você?

– Você vai precisar, se quiser sobreviver!

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos, até que o celular de John tocou.

– Alô.

– John, eu preciso que você venha até a casa da Kath agora! – Sarah exclamou, em pânico, aparentemente.

– Sarah?! Eu não esperava que você fosse ligar. O que aconteceu?! – Ele perguntou, surpreso pela ligação e ao mesmo tempo assustado pela possibilidade de Sarah estar correndo perigo.

– Eu não posso explicar por telefone. Por favor, venha até aqui agora!

– Mas eu... – Sarah desligou antes que John pudesse continuar. – Você sabe onde a Kath mora? – Ele perguntou a Dean.

– É claro que eu sei, ela é minha prima!

– Nós precisamos ir até lá agora!

Nicholas e Alan observaram toda a luta dos vampiros, mas resolveram ficar escondidos depois que viram do que os mesmos são capazes. Depois que Jimmy, John e Dean foram embora, os dois foram até a floresta procurar por eles a fim de tentar capturar algum vampiro, até que encontraram Martha inconsciente no chão.

– Será que ela está viva? – Alan perguntou, sussurrando.

– Não sei. Mas você viu como eles ficam quando morrem, se fosse para adivinhar, eu diria que está viva. – Nicholas cutucou-a com o pé, mas Martha não realizou um movimento físico sequer. – Ajude-me a carregá-la, vamos levar ela para a delegacia agora mesmo!

Alguns minutos depois, John e Dean chegaram à casa de Kath. Sarah abriu a porta e eles rapidamente entraram. Ficaram surpresos ao ver Kath desacordada e esta, assim como Sarah, com as mãos ensanguentadas e ao mesmo tempo, Marnie amarrada e com a boca vendada, sentada numa cadeira no centro da sala de estar.

– O que foi que aconteceu aqui?! – John perguntou.

– Marnie, a avó de Kath, é a assassina. Foi ela quem matou todas aquelas pessoas, John! – Sarah exclamou, lacrimejando e abraçando-o fortemente. Ele retribuiu o abraço.

– Por que vocês não chamaram a polícia ainda?

– É a avó da Kath, John. Não sabíamos o que fazer.

De repente, Dean foi até Marnie enraivecido e deu um forte soco em seu rosto. John o parou. Marnie começou a murmurar palavras, mas nada se entendia devido a venda em sua boca, Sarah resolveu então tirá-la.

– O que você está dizendo?! – Sarah perguntou, irritada.

– Dean, você conta ou conto eu? – Marnie perguntou, soltando risos.

– Do que ela está falando, Dean? – Sarah perguntou.

FLASHBACK. Há quatro dias...

Marnie chegou à casa de Dean, zangada. Ele estava de cara em diversos grimórios de sua família para descobrir um modo de se vingar de Kevin por lhe ter causado prejuízo. Dean estava extremamente irritado naquele momento, não estava com paciência pra conversar. Resolveu abrir a porta mesmo assim. Marnie entrou sem nem mesmo ter sido convidada.

– Eu não estou com paciência agora, Marnie!

– Olha essa boca, garoto. Eu sou sua avó, é melhor me tratar com respeito!

– O que você quer?!

– A pulseira que a Katherine te deu, eu quero ela de volta!

– Desculpe, mas não vai dar. Ela me deu e agora é minha.

– Garoto, é melhor você...

De repente, Dean lançou um feitiço em Marnie. Ela caiu no chão inconsciente. Naquele exato momento, o espírito de Laura Fisher apareceu para ele.

– Dean, o que você acabou de fazer? – Ela perguntou, abismada.

– Deixe-me em paz, gasparzinho. O que eu faço não é da sua conta!

DIAS ATUAIS...

– ... então ele encontrou um feitiço de invocação em um dos grimórios e, aqui estou eu. – Marnie disse.

– O que você é? – Sarah perguntou, assustada.

– Eu sou um demônio, querida. – Marnie soltou risos.

– Você... invocou um demônio para que matasse aqueles pessoas, Dean? – Sarah perguntou, chocada.

– Não seja tão dramática, querida. Ele apenas fez um pacto comigo. Eu mato todas as pessoas próximas àquele tal de Kevin, e em troca, ganho minha estadia na Terra.

– Mas isto acaba agora, você está me ouvindo? O nosso acordo foi que você o fizesse sofrer! – Dean exclamou.

– Mas de que modo você pode causar sofrimento a alguém se não matando as pessoas que ele ama?

– Você vai voltar para o inferno. Está me ouvindo?! – Dean pegou sua pulseira e a ergueu. Ele começou a entoar um ritual em latim. – "Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis..."

Marnie começou a gritar, seus olhos ficaram vermelhos novamente, sua pele parecia estar pegando fogo. Ela gritava de dor e ao mesmo tempo ria demoníaca e psicoticamente. A cadeira começou a arrastar-se de um lado para o outro, o demônio tentava ao máximo se libertar. De repente, a cadeira começou a levitar, todos ficaram assustados, mas Dean prosseguia com o ritual.

Os móveis começaram a mover-se. As luzes não paravam de piscar, era como se a casa estivesse prestes a ser destruída. De repente, Sarah lembrou-se de ter imobilizado Marnie há alguns minutos e resolveu ajudar.

– Dean, pegue minhas mãos!

– Como você poderia me ajudar?! Você não é bruxa!

– Confie em mim!

Ele pegou nas mãos de Sarah e os dois começaram a pronunciar o exorcismo juntos. Marnie pareceu sentir ainda mais dor. De repente, suas cordas se desamarraram e ela levantou da cadeira, pegou Kath – que no momento estava desacordada no sofá – pelo pescoço.

– Parem agora ou ela morre!

– Não pare, Dean! – Sarah exclamou.

Eles prosseguiram, até que de repente, Marnie soltou um grito tão agudo que fez os vidros das janelas e portas se quebrarem. Um vulto rapidamente pareceu sair do corpo de Marnie, ela gritou e em seguida, desmaiou. As luzes e móveis pareceram voltar ao normal. Porém, Kath e Marnie estavam apagadas.

– Precisamos levá-las a um hospital agora mesmo! – Sarah exclamou.

– Não precisa, eu posso dar meu sangue a elas! – John respondeu.

– Você já ajudou bastante, John.

Sarah e Dean saíram de lá carregando-as e entraram no carro de Kath para levá-las ao hospital mais próximo.

Alguns minutos depois, eles já estavam a meio caminho do hospital. De repente, alguém apareceu no meio da estrada, fazendo Dean perder o controle do volante e parar o carro.

– Você está bem?! – Dean perguntou a Sarah.

– Sim, estou. O que diabos foi isto?!

– Não sei. Mas...


Antes que Dean pudesse terminar a frase, alguém o pegou pela janela do carro e o levou embora. Era Jimmy.

CONTINUA...

PRODUZIDO POR
UNBROKEN PRODUCTIONS

ESCRITO POR
RAFAEL CRUZ

UNBROKEN PRODUCTIONS SERIES

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Por: Rafael Galvão